Policia

Justiça começa a ouvir envolvidos em Chacina de Revés do Belém

Três dos menores executados na chacina de Revés do Belém: John Enisson, Nilson Nascimento e Eduardo Dias

CARATINGA – Foi marcada para a próxima terça-feira (15) a primeira audiência judicial do caso da Chacina de Revés do Belém. Na ocasião, deverão ser ouvidas testemunhas de defesa, acusação, além dos quatro policiais civis suspeitos pelo crime: Leonardo Alves Correa, Ronaldo de Oliveira Andrade, Jimmy Casseano Andrade e José Cassiano Ferreira Guarda.

O grupo foi preso entre abril e maio deste ano pela força-tarefa do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou as mortes do jornalista Rodrigo Neto e do repórter fotográfico Walgney Carvalho. Eles são suspeitos de terem participado da execução de quatro menores infratores moradores do bairro Caravelas, em Ipatinga, em outubro de 2011.

De acordo com as investigações do DHPP, os adolescentes John Enison da Silva, 15, Nilson Nascimento Campos, 17, Felipe Andrade, 15, e Eduardo Dias Gomes, 16, foram conduzidos pela Polícia Militar à Delegacia Regional de Ipatinga e, após serem liberados devido ao fato de serem menores de idade, atiraram uma pedra no vidro de uma viatura da Polícia Civil.

EXECUÇÃO

Os jovens foram perseguidos e novamente apreendidos, desta vez por policiais civis, sendo que nunca mais foram vistos com vida. Os corpos dos quatro foram localizados sete dias depois em uma plantação de eucaliptos de difícil acesso, no distrito de Revés de Belém, em Caratinga, com tiros na cabeça.

Ainda segundo o Departamento, durante as investigações, uma testemunha presencial dos fatos reconheceu os quatro policiais civis como sendo os responsáveis pela captura e agressão das vítimas no dia 24 de outubro de 2011, na sede da 1ª Delegacia Regional de Ipatinga.

Ao final das investigações, no dia 12 de junho de 2013, Leonardo, Ronaldo, Jimmy Casseano e José Cassiano foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáveres. O Ministério Público ofereceu denúncia e a Justiça decretou a prisão preventiva dos quatro indiciados no dia 14 de junho. Além da chacina, o policial Ronaldo de Oliveira responde ainda por um duplo homicídio ocorrido em 2010, em Santana do Paraíso, caso também apurado pelo DHPP.
Atualmente, os quatro policiais civis indiciados encontram-se presos na Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte. A primeira audiência do caso está marcada para às 14h30 na sede do Judiciário caratinguense.

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