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Julián Eguren deixa presidência da Usiminas e Rômel Erwin assume

Julián Eguren foi destituído pelo voto de minerva do presidente do Conselho Paulo Penido, indicado pela Nippon Steel

IPATINGA –
O argentino Julián Eguren deixou ontem o cargo de presidente do Grupo Usiminas. Ele havia assumido em janeiro de 2012, depois da nova recomposição acionária da empresa. A destituição é atribuída a uma disputa entre a Ternium e o Grupo Nippon, o que fez as ações despencarem ontem. A saída de Eguren foi comunicada ao mercado em nota de Ronaldo Seckelmann, vice-presidente de Finanças e Relações com os Investidores.

Conforme a nota, o Conselho de Administração por cinco votos a cinco, com o voto de desempate do presidente do Conselho, decidiu pela destituição do diretor presidente da Companhia, Julián Eguren; do diretor vice presidente de Subsidiárias, Paolo Bassetti, e do diretor vice residente Industrial, Marcelo Chara.

O Conselho decidiu ainda a eleição, em caráter temporário, de Rômel Erwin de Souza para os cargos de diretor presidente e de diretor vice presidente Industrial da Companhia; e de Ronald Seckelmann para o cargo de diretor vice presidente de Subsidiárias. Rômel e Seckelmann passam a acumular tais cargos com os atuais já desempenhados, até que o Conselho de Administração eleja novos diretores em caráter definitivo.

O ex-presidente da companhia Julián Eguren defendia uma cultura de disciplina de custos, gestão da produtividade e busca por eficiência operacional.

MINERVA

Os três executivos demitidos ontem eram indicação da Ternium, que entrou no grupo de controle da empresa após investimento do grupo ítalo-argentino Techint no final de 2011. A votação para demitir os executivos terminou empatada em cinco a cinco e foi destravada com o voto favorável do presidente do Conselho de Administração da Usiminas, Paulo Penido, indicado pelo grupo Nippon.

Eguren vinha promovendo uma série de medidas de ganho de produtividade e eficiência para recuperar resultados da companhia, em meio a uma crise de sobreoferta no mercado global de aço que já dura vários anos.

CONTROLE
Às 11:55h, as ações da Usiminas exibiam queda de 3,2 por cento, a 7,31 reais, enquanto o Ibovespa tinha alta de 1,2 por cento.

Com o resultado da votação, o Grupo Nippon passou a acumular a gestão da Usiminas e a presidência do conselho da empresa.

O grupo japonês detém 29,45 por cento das ações do grupo, enquanto a Ternium tem outros 27,66 por cento dos papéis.

ANALISTAS

Em nota, o BTG Pactual afirmou que a demissão dos executivos da Usiminas é negativa para a empresa, porque levanta dúvidas sobre o relacionamento entre Nippon e Ternium.

“Desde a cara entrada pela Ternium na Usiminas (a 36 reais por ação), investidores têm se mostrado preocupados com a governança corporativa e conflitos de interesse entre controladores e minoritários”, afirmaram analistas do banco.

“Fomos pegos de surpresa com o anúncio (das demissões) e esperamos que as ações continuem sob pressão até se ter mais clareza sobre o assunto. Os resultados do terceiro trimestre também parece que virão fracos”, acrescentaram.
Analistas do Bradesco BBI também afirmaram que a briga dos acionistas é negativa para a Usiminas, “especialmente em um momento em que a empresa enfrenta deterioração de resultados do segundo semestre”.

NOVO COMANDO

A Usiminas informou que Rômel Erwin de Souza, atual diretor de Tecnologia e Qualidade, foi aprovado para o posto de Eguren em caráter temporário. Ele vai acumular também a diretoria antes comandada por Chara provisoriamente.
O vice-presidente financeiro e indicação do Grupo Nippon, Ronald Seckelmann, vai acumular o posto comandado anteriormente por Bassetti, também temporariamente.

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Julian Eguren deixa presidência da Usiminas e Romel Erwin assume

IPATINGA – O argentino Julian Eguren deixou ontem o cargo de presidente do Grupo Usiminas. Ele havia assumido em janeiro de 2012, depois da nova recomposição acionária da empresa. A saída de Eguren foi comunicada ao mercado em nota de Ronaldo Seckelmann, vice-presidente de Finanças e Relações com os Investidores.
Conforme a nota, o Conselho de Administração por cinco votos a cinco, com o voto de desempate do presidente do Conselho, decidiu pela destituição do diretor presidente da Companhia, Julián Eguren; do diretor vice presidente de Subsidiárias, Paolo Bassetti, e do diretor vice residente Industrial, Marcelo Chara. O Conselho decidiu ainda a eleição, em caráter temporário, de Rômel Erwin de Souza para os cargos de diretor presidente e de diretor vice presidente Industrial da Companhia; e de Ronald Seckelmann para o cargo de diretor vice presidente de Subsidiárias. Romel e Seckelmann passam a acumular tais cargos com os atuais já desempenhados, até que o Conselho de Administração eleja novos diretores em caráter definitivo.
O ex-presidente da companhia Julián Eguren defendia uma cultura de disciplina de custos, gestão da produtividade e busca por eficiência operacional.

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