Cidades

Ipatinga recebe hoje a Feira Mineira do Doce

A coordenadora geral da Casa Cult, Isabella Ribeiro, que organiza o projeto da Feira do Doce Mineiro

Crédito das fotos: Ricardo Alves/Grão Fotogafia

IPATINGA – Minas Gerais é reconhecida nacionalmente por sua riqueza gastronômica e o projeto Feira do Doce Mineiro leva este assunto muito a sério. A iniciativa de se percorrer mais de 1500 km até agora, para responder a pergunta "Qual a cara do doce mineiro?" motivou a produtora cultural Casa Cult a idealizar este evento, que até o momento, passou por nove cidades mineiras famosas pela sua doçura.
"A idéia do projeto nasceu da nossa vontade de juntar os principais doces mineiros numa grande feira e valorizar ainda mais esta tradição secular", explica Isabella Ribeiro, coordenadora geral da Casa Cult, com sede na cidade de Ipatinga. A equipe do projeto percebeu, então, que a diversidade de doces era tão grande no estado, que para fazerem da feira algo realmente autêntico, seria necessário pesquisar mais a fundo, iniciando um mapeamento em diferentes regiões de Minas Gerais em busca da identidade deste produto culinário. Foi assim que começou a empreitada de se viajar pelo estado e visitar diferentes produtores dos mais variados tipos de doces. E tiveram , de imediato, uma resposta: são muitas as caras do doce mineiro. "A pluralidade do panorama dos doces do nosso estado é o que mais ficou claro para nós!"

Os derivados de jabuticaba de Sabará são guloseimas que estarão presentes na Feira
DIVERSIDADE

A bananada de Antonio Dias, os derivados de jabuticaba de Sabará, o doce de leite de Viçosa, a goiabada de São Bartolomeu e o rocambole de Lagoa Dourada foram alguns dos quitutes até agora provados e aprovados pela equipe do projeto. Ainda outras cinco cidades de diferentes regiões do estado completam a lista, entre elas, Piranguinho, Araxá e Poços de Caldas.
É importante destacar que neste ano, em sua primeira edição, A Feira Do Doce Mineiro tem como objetivo pesquisar e apresentar os doces icônicos de cada localidade visitada, tendo como foco a diversidade e referência. Isabela, explica "Qual é a cidade referência da goiabada?É São Bartolomeu! Qual é a referência dos doces de jaboticaba?É Sabará! E assim por diante…"

A goiabada de São Bartolomeu foi um dos doces até agora provados e aprovados pela equipe do projeto
AMPLITUDE

E não pára por aí! Celebrar este produto gastronômico que é um dos estandartes culturais do estado acabou levando a equipe do projeto à metas mais ambiciosas. "Nas nossas pesquisas, percebemos que cada doce escolhido tinha por trás estórias tão motivadoras que não podíamos deixar de contar", diz Isabella. Contrataram uma jornalista e uma equipe de audiovisual para registrar cada visita e gerar um documentário e um livro com os depoimentos de cada produtor. "A princípio, o livro seria só de receitas de alguns dos doces, mas, não se pode separar a estória dos doces da vida de cada um que se dedica para a sua produção e também não se pode separá-los da história da cidades onde eles são feitos, daí falar também de todo o contexto regional das nossas visitas. Isabella ainda acrescenta, "No documentário, fizemos questão de apresentar cada cidade visitada, dando valor ao contexto de regionalidade intrínseco e tendo consciência da importância para o fomento do turismo gastronômico local."
Muitos dos profissionais parceiros no evento, declaram o quanto enriquecedor é fazer parte da Feira do Doce Mineiro. "O que é muito gratificante, é saber que ajudar a contar a estória dessas pessoas, impulsiona a continuidade de uma atividade tão bonita como a feitura de doces tradicionais", diz Daniella Plummer Targa, a jornalista envolvida no projeto." Contribuir para a proteção de um patrimônio cultural como a goiabada de São Bartolomeu , por exemplo, para ela é uma grande satisfação." E a qualidade dos produtos selecionados é altíssima. Descobri que gosto de goiabada cascão, doce que até outro dia, antes de participar do projeto, eu achava que não seduzia meu paladar", ri a jornalista.

PARCERIAS

O empreendimento conquistou também a parceria de instituições importantes como o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas)que contribuirá fornecendo consultorias gratuitas para cada produtor envolvido e ajudando na divulgação do material gerado pelas pesquisas. A participação do Sebrae é muito importante para reafirmar a preocupação do projeto em movimentar a cadeia produtiva do doce mineiro, segundo um dos seus organizadores. "A idéia da participação do Sebrae é fornecer aos produtores de referencias doceiras do estado, orientação técnica e informativa de modo a capacitá-los no desenvolvimento de seu negócio e ajudá-los a corrigir processos produtivos, de marketing e comercialização.
Outro parceiro importante é a Cemig, que patrociona a Feira Do Doce Mineiro através da Lei de Incentivo à Cultura.

FEIRAS

O evento Feira do Doce Mineiro terá duas datas de grande festa abertas ao público, onde os doces selecionados poderão ser degustados e comprados. A primeira será em Ipatinga, cidade da região do Vale do Aço, em praça aberta e a outra na capital mineira de Belo Horizonte. Os produtores e empresários das delícias mineiras selecionadas estarão reunidos no evento trazendo não só os doces protagonistas do projeto, mas, toda sua gama de produtos. Uma das atrações especiais acontecerá num espaço dedicado à uma cozinha ao vivo, onde chefs ensinarão a fazer pratos elaborados com os doces em questão. A entrada é franca para as duas datas.

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