Cidades

Ipatinga já corre risco de epidemia de dengue

Agentes de saúde aplicam larvicida para eliminar focos de dengue: população precisa colaborar   (Crédito:GRS)

IPATINGA – Manter pneus sem água e em lugares cobertos; guardar garrafas e baldes vazios sempre virados para baixo; lavar e secar as vasilhas dos animais antes de trocar água ou ração; desobstruir as calhas e tampar caixas d’água, poços e reservatórios de água em tempos de desabastecimento. A lista de cuidados e hábitos cotidianos é bastante simples e, também, do conhecimento de todos.

Mas, ao que parece, a população de Ipatinga não tem feito a sua parte para combater o mosquito transmissor da dengue e da chikungunya, se descuidando das rotinas principalmente nas casas e residências. O resultado é o segundo aumento consecutivo do percentual de infestação apurado no mais recente Levantamento Rápido de Índices de Aedes aegypti (LIRAa) realizado no município, que atingiu 2,9%, contra 2,6% registrado em janeiro e 1,7%, em outubro de 2014.

RISCO DE EPIDEMIA
O crescimento do índice, embora pequeno, coloca o município mais próximo da situação de alto risco para epidemia, quando o LIRAa fica acima de 3%. Também preocupa o fato de 80% dos focos continuarem a ser encontrados dentro das casas, em pratinhos de plantas, bebedouros de animais, calhas, caixas d’águas destampadas, recicláveis abandonados nos quintais, etc.

“É urgente que cada morador se conscientize de que o combate à dengue e chikungunya precisa ser permanente e de responsabilidade de todos”, apela a coordenadora da Vigilância em Saúde da Prefeitura de Ipatinga, Eliane Lana.

“Qualquer objeto que possa acumular água é um potencial criadouro para o mosquito. Exemplo disso é que bastaram poucos dias de chuva para os ovos eclodirem em larvas, que originaram novos mosquitos transmissores”, destaca a profissional.

“Lembramos que o papel dos agentes é vistoriar, orientar e tirar dúvidas da comunidade. Mas o cuidado permanente e diário é de responsabilidade de cada cidadão”, reforça.

PONTOS CRÍTICOS
A situação é mais preocupante nos bairros Bom Jardim e Córrego Novo, com índice de infestação de 7,4%, muito acima do estipulado pelo Ministério da Saúde para o risco alto de epidemia. Já no Esperança, Limoeiro e Chácaras Madalena, os focos foram encontrados 4,2% dos imóveis pesquisados. Em todos esses bairros, a Prefeitura de Ipatinga vai reforçar as ações de educação em saúde com foco na prevenção e realizar o tratamento focal, com aplicação de larvicida nos criadouros do mosquito.

COMUNICAÇÃO

A partir desta semana, a Prefeitura de Ipatinga vai adotar mais uma medida de controle das doenças. Os agentes de controle de endemias do município retornaram às casas com focos confirmados para informar aos moradores sobre a presença do mosquito, cuidados necessários para sua eliminação e como evitar casos da doença na família. As Comissões Locais de Saúde e lideranças comunitárias também serão chamadas a participar como multiplicadores de informações em toda a cidade.

SERVIÇOS
Mais informações, dúvidas e denúncias podem ser feitas junto ao Centro de Controle de Zoonoses de Ipatinga, pelos telefones (31) 3829-8383 ou 3829-8313.

Números em Ipatinga
Em Ipatinga, o LIRAa foi realizado entre os dias 9 e 12 de março, com aproximadamente quatro mil casas, lotes vagos e estabelecimentos públicos e privados vistoriados. O levantamento é um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue e da chikungunya. Em relação ao total de casos, foram 79 notificações em 2015 (até a última semana), contra 579 no ano passado, com a média de 10 registros por semana. Em relação à chikungunya, até o momento não foi confirmado nenhum caso no município.

 

 

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