Policia

Homicida é condenado a mais de 7 anos de prisão

O julgamento realizado ontem durou cerca de nove horas  (Crédito: Gizelle Ferreira)

 

TIMÓTEO – Foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão, Robson Neves dos Reis, “Robinho”. Ele vai responder pelo assassinado de Wellington Monteiro Crispim, o “Ninha”, de 26 anos, morto com um tiro no peito há dois anos.
A sentença foi proferida pelo juiz da Vara Criminal da Comarca de Timóteo, Rodrigo Antunes Lage, em sessão do júri popular, realizada ontem. O julgamento durou cerca de nove horas. A pena base fixada foi de 10 anos; no entanto, a pena foi reduzida em ¼, já que o corpo de jurados entendeu que o réu cometeu o crime sob forte emoção. Robinho já estava preso pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de arma.

O CRIME
O crime ocorreu na madrugada de 31 de março de 2010, na escadaria da rua Rio Tocantins, no bairro Alvorada, local conhecido como ponto de tráfico. A vítima foi surpreendida pelo autor, que após um desentendimento deu um único tiro contra “Ninha”. Na ocasião do homicídio, Robinho estava há apenas dois meses fora da cadeia. Ele cumpriu pena de um ano e três meses na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, por furto.

INVESTIGAÇÕES
A polícia trabalhava com a hipótese de que Robinho tivesse envolvimento no crime por vários motivos. Um deles é que na noite do crime, durante a oitiva dos suspeitos, algumas testemunhas contaram que viram Robson correndo pouco depois do disparo. Outras pessoas teriam escutado ele pedir uma arma emprestada no dia anterior ao crime. O terceiro indício de que Robinho estaria envolvido na morte de Ninha era a relação que havia entre os dois no sentido de compra e venda de drogas. Ninha era usuário e uma das pessoas que vendia o crack para ele seria justamente Robinho.

PRISÃO
Por ter fugido ao flagrante, um mandado de prisão foi expedido contra “Robinho”, que foi preso em casa pelos detetives Rodrigo Costa, Marcos Vinícius e Marcelo Torres, comandados pela equipe do delegado Gilmaro Alves. Dentro da casa a PC encontrou várias sacolinhas com resíduos de maconha e uma lata de cerveja com restos de crack. No criado ao lado da cama a polícia encontrou um revólver calibre 38 com quatro cartuchos intactos.

RÉU CONFESSO

O acusado confessou o crime quando foi preso e disse que matou “Ninha” porque ele estaria ameaçando-o. “Ele já estava me ameaçando há mais tempo e eu continuava de boa, não estava fazendo nada com ele. Aí naquela madrugada eu vi que ele estava na escadaria e não me intimidei, continuei meu caminho. Quando eu cheguei perto dele aproveitei pra pedir que me entregasse as coisas que ele tinha roubado da minha casa. Ele se recusou e veio pra cima de mim com uma faca. Eu, para me defender, tirei a garrucha e atirei uma vez contra ele”, lembra Robinho.


Robinho, que estava envolvido com o tráfico,
disse que matou para se defender

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