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HMC avança em tratamento contra câncer no Vale do Aço

IPATINGA – Alimentar adequadamente, dormir bem, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e a exposição ao sol em horários inadequados, aliados a uma boa prática de atividades físicas e visitas ao médico regularmente. Se você é daqueles que considera essa apenas uma receita batida em revistas e programas de TV, é bom ficar atento. Na semana em que se celebra o Dia Mundial de Combate ao Câncer, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou que apenas este ano 576.580 pessoas deverão ter algum tipo de câncer no país, o que só reforça a importância de medidas para prevenção e qualidade de vida.

AVANÇO
Para se ter uma dimensão do avanço da doença, o número para 2014 será 11,3% maior em relação ao ano passado. O câncer de pele do tipo não melanoma será o mais incidente na população brasileira (182 mil casos novos). Na sequência, os de próstata, mama, cólon/reto, colo de útero e de intestino se destacam na lista dos tipos de maior incidência. Realidade que reflete também o dia a dia da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha, referência no diagnóstico e tratamento para uma população de quase um milhão de habitantes de 50 municípios do Leste de Minas Gerais.

A cada ano, são registrados 1.150 novos casos na Unidade de Oncologia, número que se mantém estável desde 2010. “Apesar do aumento da incidência de câncer, percebemos também o aumento do diagnóstico”, afirma o médico oncologista do HMC, Pedro Paulo Lopes de Oliveira Junior. A boa notícia, para além das formas de prevenção ao câncer citadas no início desta matéria, está na tecnologia como aliada.

DIAGNÓSTICO

O Hospital Márcio Cunha conta hoje com modernos equipamentos no novo Centro de Diagnóstico de Imagem que auxiliam na realização de exames para o diagnóstico precoce do câncer, como, por exemplo, tomografias de alta resolução, ressonância magnética, cintilografias e as biópsias guiadas por ultrassom e tomografia. Para o tipo da doença que mais atinge as mulheres, câncer de mama, o Hospital conta também com um novo e moderno mamógrafo, capaz de realizar mamografia digital.

“O diagnóstico precoce é o principal fator quando se fala em possibilidade de cura para o paciente. Mulheres que descobrem o câncer de mama já em estágio avançado têm 40% de chance de cura com o tratamento. Essa porcentagem pode subir para 90% de cura quando o diagnóstico é antecipado”, acrescenta Pedro Paulo. Somam-se a isso a menor toxicidade e menos efeitos colaterais para os casos iniciais.

Hoje, por exemplo, a paciente pode ficar curada do câncer e ter a sua mama preservada, desde que a doença seja inicial. Para os casos mais avançados muitas vezes é necessário a retirada completa da mama (mastectomia), procedimento também realizado no Hospital Márcio Cunha. Em alguns casos, na mesma cirurgia, há ainda a reconstrução mamária com implante de silicone, que contribui para elevar a autoestima da paciente.

SISMAMA
O HMC integra ainda o Sistema de Informação do Câncer de Mama (Sismama), instituído pelo Ministério Saúde, por meio do qual realiza exames de mamografia em mulheres advindas da Rede Básica de Saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2013, foram realizadas 19.415 mamografias, com uma média de mais de 1.600 por mês. O exame da mamografia é uma radiografia das mamas realizada em um equipamento específico, o mamógrafo, que permite detectar lesões ainda muito pequenas, na fase inicial do câncer, em que o tumor não é palpável.

Por isso, no Brasil, há até uma data especial para ressaltá-lo, o Dia Nacional da Mamografia, comemorado nesta quarta, 05 de fevereiro. Segundo o Inca, a estimativa é de que este tipo de câncer atinja cerca de 57.120 mulheres neste ano em todo o país.


Com um novo e moderno mamógrafo, o HMC chega a realizar 2 mil mamografias digitais por mês
(Crédito: Guilherme Henrique)

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