Mesmo com as chamas controladas, o local ainda corria risco de novas explosões
IPATINGA – Um incêndio na noite de ontem (17) deixou moradores da avenida Londrina, no bairro Veneza II, assustados. Por volta de 20h, o Corpo de Bombeiros foi chamado para conter as chamas que se alastraram em um depósito de sucatas, no número 470. As causas do incêndio ainda serão apuradas, mas tudo indica que o fogo começou com uma guimba de cigarro que caiu em um colchão onde uma funcionária estava. Ela não se feriu.
Moradores de um prédio residencial ficaram apreensivos e tiveram que evacuar a edificação, enquanto os militares controlavam as chamas. Até mesmo a rua ficou interditada por causa das várias explosões provocadas pelo fogo. Três viaturas do Corpo de Bombeiros estiveram no local e conseguiram controlar o incêndio. Mesmo sem as chamas, o local ainda ficou interditado, pois corria risco de novos estouros.
O proprietário do estabelecimento, Maurício do Carmo Silva, esteve no local e descartou a hipótese de incêndio criminoso. Ele acredita que um descuido da funcionária que dorme todas as noites no local teria provocado o incêndio “Ela tinha ingerido bebida alcoólica. Eu creio que a partir de hoje não tem como deixar dormir mais lá”, disse o homem, acrescentando que há muitos anos não é feita a vistoria de prevenção contra incêndio no local.
REVOLTA
Enquanto o Corpo de Bombeiros controlava o incêndio, a Polícia Militar tentava conter os ânimos dos moradores do prédio ao lado. Eles estavam revoltados e responsabilizaram o dono do imóvel pelo incidente.
O dono do edifício, que se identificou apenas como Jadilson, estava indignado porque já foram feitas várias reclamações e nenhuma providência foi tomada. “Para mim, isso é mais do que um lixão. Já reclamamos várias vezes com a Prefeitura também e ninguém faz nada. Já cheguei aqui com os bombeiros apagando o fogo. Eu estou sendo prejudicado”, acrescenta. Segundo ele, alguns inquilinos se mudaram porque não queriam ser vizinhos de uma imóvel que guarda sucata e atrai o mosquito da dengue e outros insetos. “Quero até que o proprietário do imóvel me desculpe, mas temos que falar a verdade”, disse.
Somente após não haver risco de novas explosões é que os moradores puderam retornar para os apartamentos.
