Cidades

FSFX investe na área de nefrologia

IPATINGA – Reforçando o compromisso que a Fundação São Francisco Xavier tem com a população da região leste, será realizada uma importante ampliação de 200m² na estrutura e capacidade do Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do Hospital Márcio Cunha (HMC). Esse investimento se soma aos trabalhos técnico-científicos de qualidade já disponibilizados na área de nefrologia e ao serviço de transplante renal, que são destaque em todo país.
Atualmente o CTRS conta com 50 máquinas de hemodiálise e são realizadas, em média, 3.224 sessões de diálise por mês. Com os investimentos, serão adquiridas mais 20 máquinas, aumentando em 30% o número de sessões/mês.

TRANSPLANTES
Atendendo a normas legais, o HMC possui a Coordenação Intra-Hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs) que em 2012, obteve resultados favoráveis com um crescimento considerável do número de doações, de mais de 100% em relação a 2011. Ano passado, 18 pessoas foram transplantadas com rim captado de doadores falecidos. Esse aumento é importante, pois muitos pacientes estão na fila e não têm doador em vida disponível.
Segundo o coordenador do MG Transplantes, Charles Simão Filho, o fato de a região leste ser representada por um dos principais hospitais de Minas Gerais é estratégico para transplantes devido à sua área de abrangência e população. “O HMC tem uma parceira sólida com o MG Transplantes realizando transplantes renais e procedimentos de alta complexidade. E foi a abrangência geográfica que fez com que esteja sendo implantada uma das primeiras Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) do estado, que é um braço operacional do MG Transplantes voltado para captação. Tal implantação considera a importância do Hospital e a quantidade de transplantes realizados”, destaca Charles, que completa: “pensamos futuramente em dar sequência a essa parceria e incluir outros tipos de transplantes, de outros órgãos, aproveitando a capacidade do HMC e o seu compromisso com a saúde”.

CENÁRIO
No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm alguma disfunção renal e segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, esse número cresce a cada ano. A maioria dessas pessoas não sabe que tem a doença porque ela, geralmente, não ocasiona sintomas, a não ser em fases avançadas. “Em muitos casos o diagnóstico precoce e o tratamento nas suas fases iniciais podem ajudar a prevenir que a doença progrida, inclusive com a necessidade de tratamento com hemodiálise ou transplante de rim”, explica o nefrologista e responsável técnico pelo CTRS, Carlos Alberto Calazans.
Considerando esses dados, que apontam para uma epidemia de insuficiência renal e que são aplicáveis na região, a expansão vai possibilitar uma agilidade ainda maior no atendimento e propiciar qualidade de vida para um número maior de pacientes.

PIONEIRISMO
A trajetória do tratamento dialítico no Hospital Márcio Cunha começou nos anos 80, com a contratação de médicos nefrologistas e a implantação dos primeiros serviços dessa especialidade no HMC. Em 1987, foi inaugurada a Unidade de Hemodiálise, que inicialmente tinha duas máquinas e progressivamente se expandiu com o aumento da demanda. Durante a década de 90, houve grande crescimento do serviço, com expansão das modalidades de terapia e incremento de avanços tecnológicos.

HISTÓRIA
Em 1992, iniciou-se a formação da equipe de transplante renal, mas foi só com a criação do Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS), em 2000, que o número de transplantes cresceu e passou a ser um procedimento de rotina. Até meados de 2000, os serviços de captação e distribuição eram centralizados em Belo Horizonte e em 2002, com o objetivo de dar mais agilidade e melhorar os resultados de transplante de rim, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, por meio do MG Transplantes, dividiu o estado em seis regiões, sendo que o único Centro Transplantador da Regional Leste é o HMC. Além da população do Vale do Aço, realizam transplantes no HMC, pacientes de Manhuaçu, Caratinga, Governador Valadares e Teófilo Otoni. Por fim, em 2012 devido à maturidade dos serviços prestados, o Centro iniciou uma nova fase com o envolvimento na área de pesquisa clínica.
Além das atividades da Equipe de Transplantes e Hemodiálise, profissionais de psicologia, nutrição e assistência social também acompanham os pacientes e familiares.

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