Cidades

Fernando Pimentel culpa Samarco por tragédia em Mariana

Pimentel afirmou que o governo está trabalhando para garantir o abastecimento emergencial de água para as cidades atingidas pelos rejeitos, sendo Governador Valadares a mais prejudicada

VALADARES –
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, sobrevoou, nesta quarta-feira (11), o rio Doce na região de Governador Valadares, atingido pelos rejeitos das barragens Santarém e Fundão, e também acompanhou os trabalhos das equipes que monitoram a situação no local. Em entrevista coletiva à imprensa, o governador afirmou que o governo de Minas Gerais está trabalhando neste momento para garantir o abastecimento emergencial de água para as cidades atingidas pelos rejeitos, sendo Governador Valadares a mais prejudicada.

“Estamos deslocando para cá caminhões-pipa da Copasa. Eu vou deslocar também uma equipe técnica para ajudar na elaboração de um projeto emergencial para os próximos dias, porque nós não podemos ficar só com caminhão-pipa, tem de haver captação emergencial nos mananciais mais próximos. Já estamos examinando isso”, completou.

Pimentel ressaltou que a empresa Samarco está sendo acionada para resolver a situação das cidades da região do rio Doce. “A empresa Samarco, que é a responsável pela tragédia, está sendo mobilizada. Eles têm de estender mais os esforços para atender a região”, ressaltou.
 
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
Pimentel salientou a importância do projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que revê a legislação ambiental no Estado. Segundo o governador, o objetivo da proposta é aperfeiçoar a lei, de forma que o Estado possa exigir projetos técnicos adequados, bem elaborados e monitorados, evitando problemas como a tragédia da última quinta-feira. Para o governador, a legislação atual se limita a aplicar multas e relega a segundo plano o que seria o mais importante: a boa gestão das questões ambientais. O governador esclareceu que outra meta do projeto é reduzir a burocracia atual em relação aos processos de licenciamento ambiental de forma geral.

Dilma quer que Samarco arque com custos de recuperação das cidades

BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff quer que as empresas responsáveis pelas barragens que romperam em Mariana (MG) se responsabilizem pelos custos de recuperação das cidades destruídas pela enxurrada de lama e pelo abastecimento de água da região abastecida pelo Rio Doce, contaminado na tragédia, disse uma fonte do governo.

De acordo com essa fonte palaciana, Dilma determinou ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que marque uma reunião com os representantes as empresas Samarco, responsável pelas barragens; Vale e BHP Billiton, que controlam a Samarco. A presidente, tem dito que não é possível o poder público assumir as despesas de reconstrução e manutenção das cidades destruídas por um problema causado por empresas privadas, segundo essa fonte.

Na quinta-feira, uma semana depois do desastre, Dilma irá sobrevoar as cidades de Mariana, onde fica o distrito de Bento Rodrigues, destruído pelo rompimento da barragem, e Colatina (ES), que deve ser ainda atingida pela lama liberada pela barragem e que está descendo o Rio Doce. (Reuters)

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