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Família de Jean Charles pede punição à Corte Europeia

Arquivo DP

BRASÍLIA – A família do brasileiro Jean Charles, assassinado pela polícia britânica no metrô de Londres em julho de 2005, ao ser confundido com um terrorista, luta na Corte Europeia de Direitos Humanos pela punição dos envolvidos.
Os advogados da família de Jean Charles, que tinha 27 anos quando morreu, recorrem à Justiça europeia contra o tratamento judiciário do caso no Reino Unido. Nenhum policial envolvido na sua morte foi indiciado individualmente. O tribunal britânico considerou que não havia provas suficientes para determinar se a polícia agiu ou não em legítima defesa.

PELAS COSTAS
O caso ocorreu duas semanas após os atentados de 7 de julho em Londres, quando 52 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas em atentados a bomba no metrô e em um ônibus da capital.

O brasileiro foi morto pelas costas, com sete tiros, no interior de um vagão do metrô da capital britânica. A Scotland Yard acabou admitindo o erro e o caso teve grande repercussão.

A queixa na Corte Europeia, baseada em Estrasburgo, no Leste da França, é iniciativa de uma prima do brasileiro, que acusa o Reino Unido de não ter investigado a fundo a violenta ação policial e quer que as autoridades britânicas sejam condenadas por violação do direito à vida. Alguns parentes de Jean Charles estão em Estrasburgo para acompanhar a análise do caso.

Não há data marcada para o anúncio da sentença, que será definitiva. Os 17 juízes da Corte Suprema de Direitos Humanos devem anunciar a decisão nos próximos meses.

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