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EUA não descartam golpe na Venezuela

Os Estados Unidos negaram nesta quinta-feira que o governo do presidente Donald Trump tenha planejado, no ano passado, uma invasão militar na Venezuela, mas reconhece que a opção continua sendo analisada como uma de muitas possíveis ferramentas para “ajudar o povo venezuelano a recuperar a democracia”. Após a invasão do Iraque, Afeganistão e do assassinato de Muamar Kadafhi, na Líbia, sob o pretexto da “guerra ao terror” – na verdade, guerra pelo petróleo –, os EUA voltam as atenções militares para a América do Sul, em “defesa da democracia”. Eleito por uma minoria de votos dos americanos e defensor de políticas tão fundamentalistas quanto a dos radicais islâmicos, entre as quais as medidas “ortodoxas” contra os imigrantes e os atos de factóides midiáticos, Trump tem o que ensinar ao mundo sobre democracia, mas tem muito o que dizer sobre as investidas dos EUA nos principais países produtores de petróleo da América Latina, como Brasil e Venezuela.

“Não houve o planejamento de uma invasão”, disse à Agência EFE um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca (NSC em inglês), órgão encarregado de centralizar a política externa, militar e de inteligência de Washington. A fonte ressaltou, entretanto, que os EUA vão continuar considerando “todas as opções que tem disponíveis, incluindo a via militar”.

LEQUE DE OPÇÕES

O porta-voz, que pediu anonimato, regia assim aos relatórios de imprensa divulgados nesta quarta-feira, segundo os quais Trump levantou em agosto do ano passado, com alguns de seus principais assessores a possiblidade de invadir a Venezuela.

A fonte confirmou que Trump perguntou pela via militar, mas disse que o queria era “pedir opções” para a equipe a fim de ter um leque entre o que escolher em relação ao “desastre humanitário que estava acontecendo na Venezuela”.

“Perguntou sobre a opção militar, a ajuda humanitária, as sanções, a coperação internacional contra o regime (do presidente venezuelano, Nicolás) Maduro. Foi uma (opção) dentro de uma série de coias diferentes”, explicou o porta-voz.

POR ENQUANTO

O funcionário não esclareceu se houve conversas sérias sobre a possiblidade de uma invasão.

“O importante é que os EUA não fizeram ações militares por enquanto na Venezuela, embora vão continuar considerando todas as opções, porque nenhum governo americano as descartaria em uma situação como a do país sul-americano”, insistiu.

O porta-voz qualificou algumas informações que surgiram na imprensa sobre o tema de “sensacionalistas”, porque chegam “muitos meses depois do episódio e se centram apenas em uma das opções que os EUA consideraram, sem fixar-se na sua atuação na prática”.

“O presidente Trump motivou a comunidade internacional para que trabalhe unida para pressionar a ditadura de Maduro a fim de mudar o seu comportamento autrocrático”, disse o porta-voz.

 

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