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Estiagem pode se prolongar

(DA REDAÇÃO) – Apesar da terça-feira (19) amanhecer com tempo aberto e sem previsão de chuva generalizada em praticamente todo o Brasil, com exceção apenas para a faixa litorânea do Nordeste que continua com pancadas de chuva, o bloqueio atmosférico que está impedindo o avanço das frentes frias, começa a dar sinais de enfraquecimento. Com isso, ao longo da semana não se pode descartar a possibilidade de que venham ocorrer algumas pancadas de chuvas bem localizadas sobre as regiões produtoras do Centro-Oeste e do Sudeste, bem como no Paraná. Porém, essas chuvas ainda não serão sinônimo de que o regime de chuvas já chegou e os produtores possam apostar no plantio, pois ainda serão chuvas muito irregulares e de baixa intensidade. A análise é do Instituto Nacional de Metereologia (Inmet).
Conforme o Inmet, aos poucos o tempo seco, que vem sendo destaque em todo o Brasil, vai sendo modificado por um período mais úmido, já que a Primavera terá início nesta sexta-feira (22), às 17h02, horário de Brasília.

CAUTELA
Para os produtores de soja, que já estão querendo plantar a palavra-chave ainda continua sendo cautela.
Já na metade sul do Rio Grande do Sul, onde o plantio do arroz está complicado, já que as chuvas não dão trégua, a tendência para essa semana é de tempo aberto e sem previsão de chuva pelo menos até a próxima sexta-feira, quando novamente uma frente fria avança pelo Estado. A chuva deste sistema pode inviabilizar novamente, os trabalhos de plantio e preparo do solo o que causa certa preocupação por parte dos arrozeiros.

MASSA DE AR SECO
Segundo o instituto Climatempo, Pela climatologia, o período mais seco da porção centrossul do País inicia na segunda quinzena de maio e se estende até a primeira quinzena de setembro.
Levantamento realizado do último trimestre (maio, junho e julho – até o dia 25/07/2017), mostra que uma massa de ar seco se intensificou sobre a Região Centro-Oeste e parte das Regiões Sudeste e Sul do Brasil, impedindo a formação de nuvens de chuva, colaborando para diminuir os índices de umidade relativa do ar.
No decorrer do inverno, esse tipo de sistema meteorológico ganha força e se expande, podendo influenciar cerca de 80% do país, afetando as condições do tempo, principalmente, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e interior da Região Nordeste.

NÉVOA SECA E RISCOS
Observa-se ainda a formação de névoa seca, que nada mais é que a associação entre partículas de poeira, fumaça e outros poluentes em suspensão atmosférica com a baixa umidade do ar, dando um aspecto acinzentado ao ar, especialmente à tarde. Quando a umidade diminui, pode provocar incêndios em matas, parques e, até mesmo, próximo a áreas residenciais, agravando eventuais problemas respiratórios.
Na tabela abaixo observa-se o período de estiagem nas capitais do Brasil no último trimestre (maio, junho e julho). Levou-se em consideração o último período que não ocorreu chuva ou quando ficaram abaixo de 10,0 mm (registros acima de 10,0 mm de precipitação correspondem a uma quantidade satisfatória para a produção agrícola, por exemplo).

EXCEÇÕES
Em meio a este cenário, nota-se que, as únicas exceções em relação à estiagem estão ocorrendo no norte da Região Norte e na faixa litorânea da Região Nordeste. Vale destacar que o mês de julho representa o período chuvoso do leste da Região Nordeste, por conta disso, os volumes de chuva tendem a ser significativos.

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