Policia

Estelionatários têm liberdade negada

(Crédito: André Almeida/Arquivo DP /Reprodução)

IPATINGA – A Justiça negou, na última segunda-feira (24), um pedido de liberdade provisória para Gilberto de Paula Júnior, o Juninho Pokémon, acusado de estelionato na compra e venda de carros em Ipatinga. Com a negativa, Juninho, que se encontra foragido e desejava responder ao processo em liberdade, continua sendo procurado pela Polícia.

Gilberto e outros quatro homens respondem a processo em função de um esquema para lesar donos de carros que queriam vender seus veículos, os chamados Pokémon. Três integrantes da quadrilha foram presos em novembro do ano passado, durante a operação Mais Segurança, deflagrada pela Polícia Civil de Ipatinga. Na ocasião, foram detidos Andrésio Junca, Lúcio Marcos de Almeida e José Luiz Ermelindo.

De acordo com as investigações da PC que levaram às prisões, o grupo atuava nas cidades de Ipatinga e Caratinga comprando carros com cheques pré-datados. Eles recebiam os veículos e conseguiam também que a vítima do golpe preenchesse o recibo da venda.

Quando o dono do veículo tentava receber a quantia do carro, era informada pelo banco de que o cheque era falso, roubado ou adulterado e que não poderia ser descontado. Quando tentavam receber o dinheiro dos golpistas, eram enganadas mais uma vez por eles, que protelavam os pagamentos ou simplesmente sumiam.

Uma outra estratégia dos estelionatários era dar às vítimas, como forma de devolução do dinheiro, um carro de valor inferior e mais cheques falsos. Depois, um integrante do grupo se oferecia para recomprar o carro da vítima, também usando cheques falsos. Estima-se que, somente em Caratinga, o golpe tenha dado prejuízos em torno de R$ 300 mil.

OUTRA NEGATIVA
Presos preventivamente desde novembro de 2013 no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Ipatinga, o trio teve outro pedido de liberdade negado pela Justiça em fevereiro passado.

Na oportunidade, a 2ª Vara Criminal também marcou a data da primeira audiência judicial do caso: 11 de abril. Testemunhas de defesa e acusação serão ouvidas, bem como os réus. No total, 17 advogados trabalham na defesa dos acusados.

Ao todo, somente na Comarca de Ipatinga, tramitam oito processos relacionados ao golpe aplicado pelo bando – quatro deles, contudo, são de vítimas que tentam, na Justiça, a restituição dos veículos perdidos. Além de Gilberto e dos três réus presos, também responde ao processo de estelionato Wallace Wercelens de Carvalho.

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