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Em novo golpe contra a população, Quintão limita atendimento na UPA

(*) Fernando Benedito Jr.

A partir desta segunda-feira, o governo do prefeito Sebastião Quintão (PMDB) inicia em Ipatinga mais um ato de maldade com a população, ao limitar os atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) aos casos de urgência e emergência. Desta feita, como não poderia deixar de ser, a culpa continua sendo do governo anterior e também do atual governo estadual, do PT. Mais uma vez, o incompetente governo Quintão atribui aos outros aquilo que não consegue resolver (ou seja, até agora quase tudo). A UPA, segundo a administração, vai cercear o atendimento por causa do fechamento do hospital de Fabriciano e da limitação do atendimento em Timóteo e Caratinga.

IRRESPONSABILIDADE

Para minimizar os feitos da medida, a administração alega que vai manter abertas para atendimento até as 22h as unidades básicas dos bairros Bom Jardim, Caravelas, Bethânia e Cidade Nobre (UISA), de segunda a sexta-feira, em regime de “Corujão”. Até agora não especificou quais tipos de casos vão atender, se terão médicos à disposição da população, etc.
É estranho, porque se não existem remédios e insumos básicos nas unidades nem no HMI, se faltam médicos e pessoal especializado, não se justifica manter as UBSs abertas para atender casos de média ou baixa complexidade. Se houvesse esse pessoal disponível melhor seria que reforçassem a equipe da UPA ou do próprio hospital. Outra coisa, uma criança chega à UPA com uma aparente dor de cabeça e é enviada para uma UBS, entretanto, com uma classificação imediata sem exames clínicos mais detalhados não se consegue um bom diagnóstico. Em seguida descobre-se que a dor de cabeça era provocada por uma meningite grave. Talvez seja um tanto tarde demais, não?

FILHO DA MENTIRA

Dono do monopólio da verdade, para quem os adversários eram pai e mãe do filho da mentira, o prefeito Sebastião Quintão foi eleito com a promessa de construir uma nova UPA. Portanto, a medida de limitar o atendimento na UPA não pode ser vista senão como um gesto de maldade ou de incompetência, pois revela que o atual mandatário sequer conhecia a realidade da saúde pública no município, a ponto de propor a criação de uma nova unidade, quando se sabe que os recursos mal davam para manter uma. Maldade, mentira ou incompetência, dos males o pior: a população sofre agora com uma grave medida no âmbito da saúde pública municipal, que começa a ser desmontada, assim como outros serviços públicos que deveriam ser prestados pela Prefeitura Municipal. As exceções, ressalte-se, são os plantios de grama e aquela velha demão de cal…
Estruturalmente, o governo Quintão está derrubando todo o sistema de serviços da Prefeitura, sem conseguir colocar nada no lugar para atender as demandas da população. Ou mantém exatamente aquilo já estava rotineiramente implantado como a coleta de lixo, a limpeza urbana; ou desmonta-se o que estava feito (serviços de saúde, sistema escolar); ou piora-se consideravelmente a qualidade dos serviços (coleta de entulhos, manutenção de vias, tapa-buracos).

TRANCA-RUA

Outro bom exemplo do descaso com a cidade, que não pode deixar de ser citado é o fechamento da Avenida Maanaim, o que já tem custado ao prefeito o epíteto de “Tranca-Rua”. Num arroubo de vaidade, Quintão decidiu fechar a avenida no início do mandato num claro gesto de perseguição e rancor ao governo anterior, prometendo reinaugurar a via pública que, conforme seu governo foi “inaugurada” sem ter sido concluída. Puniu a população e seu eleitorado, no caso, a maioria da cidade, proibindo-a de utilizar a avenida. E, parece, por pura pirraça, continua a mantê-la fechada, agora, sem qualquer justificativa. A esta altura, uma atitude que já deveria ter provocado alguma reação do Ministério Público.

(*) Fernando Benedito Jr. é editor do Diário Popular.

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