IPATINGA – Com 50 anos de existência, a Usiminas passa atualmente por um momento delicado em sua história. Nesta terça-feira (19), a empresa apresentou os resultados relativos ao quarto trimestre de 2012, onde foi registrado um prejuízo líquido de R$ 283 milhões. Entretanto, a companhia demonstrou ter conseguido reduzir seus estoques em 482 mil toneladas e também o seu endividamento em 10% com relação ao 3º trimestre. A siderúrgica fechou 2012 com uma dívida líquida de R$ 3,7 bilhões e R$ 4,7 bilhões em caixa. Em relatório, a empresa afirma que o prejuízo é decorrente “do maior montante de imposto de renda referente à internação de recursos do exterior”.
No terceiro trimestre, a companhia havia apresentado prejuízo de R$ 143,2 milhões, sendo que no mesmo período de 2011, o lucro da siderúrgica foi de R$ 154 milhões. No acumulado de 2012, a empresa registrou um prejuízo de R$ 531 milhões, contra lucro de R$ 404 milhões de reais em 2011.
Ontem, durante apresentação dos resultados, o presidente da empresa, o argentino Julián Eguren, afirmou que em 2013 a empresa irá se concentrar no aumento da competitividade, ampliar a eficiência e otimizar processos. Disse também que este será um ano em que haverá um rígido controle de custos devido ao momento complexo pelo qual a cadeia produtiva do aço vem passando. Ele afirmou ainda que haverá controle do caixa e do endividamento da companhia.
Uma das primeiras estratégias da empresa, segundo o jornal Folha de S. Paulo, seria vender a sua divisão de produção de cabines de caminhões, a Automotiva Usiminas, ainda no primeiro semestre deste ano. A ideia é concentrar as atividades na produção do aço e reduzir ativos não essenciais para o processo.
No fim do ano passado, a empresa já havia manifestado a intenção de promover parcerias ou até mesmo venda de suas unidades de bens de capital e transformação. Na época, Julián Eguren afirmou que a empresa estava aberta a negociações e disse que não esperava uma melhora significativa nas margens de lucro da empresa no começo de 2013.
