Cultura

Documentário sobre o Golpe de 64 é lançado no Unileste

FABRICIANO – Na próxima quinta-feira (18), às 18h45, no Auditório José Vicente Justino, no Campus do Unileste, em Coronel Fabriciano, acontece o lançamento do documentário “1964 – Um golpe contra o Brasil”. O diretor da produção, o jornalista, escritor e artista plástico Alípio Freire, participa de um debate que acontece após a exibição do filme. O evento é uma promoção da TV Caravelas (canal 11 da Net), em parceria com os Cursos de Direito da Instituição.

DEPOIMENTOS
Construído a partir de depoimentos de personagens que sobreviveram ao período da ditadura, como militantes e opositores ao regime, o documentário discute as razões que levaram ao golpe civil-militar que derrubou o governo constitucional do presidente João Goulart, em 31 de março de 1964, e instalou no país uma ditadura que durou 21 anos. Para isso, a produção realizada por meio de uma parceria entre o Núcleo de Preservação da Memória Política (SP) e a Televisão dos Trabalhadores (TVT) busca relatar e analisar os momentos que antecederam o golpe.

De acordo com Wallace Carvalho, Coordenador do Curso de Direito do Unileste, é sempre oportuno o debate histórico no ambiente acadêmico. “O Brasil é um dos poucos países da América Latina que ainda não passou o tempo de repressão e ditadura totalmente a limpo. A discussão de temas como este engrandecem a comunidade acadêmica, especialmente os alunos que possuem vocação para a defesa dos direitos sociais e humanos”, opinou o docente.

ENREDO
O filme procura recuperar a história do país no período pós-guerra, dedicando-se, especialmente, ao contexto histórico do golpe de 64. Uma ideia antiga, diz Alípio. “Eu e um grupo de amigos fundamos uma ONG, o Núcleo de Preservação da Memória Política, para trabalhar essas questões. No ano passado, conversamos sobre os 50 anos do golpe, em 2014. No meio dessa discussão, tivemos a criação da Comissão da Verdade e novidades sobre crimes cometidos por agentes da ditadura. Desde a criação do núcleo somos chamados para realizar debates em universidades, centros culturais, grupos de jovens, organizações de trabalhadores e sindicatos. Percebemos que, para muitos, principalmente os mais jovens, não há uma clareza do que foi o golpe e porque se resistiu a ele. O gancho principal para a produção do documentário foram os 50 anos da instauração da ditadura no país, a serem completados em 31 de março do próximo ano”.

Ainda, segundo o diretor, esse é um projeto pedagógico, didático, que não será comercializado e sim distribuído gratuitamente para instituições com a recomendação de que seja multiplicado, para que mais pessoas discutam a história recente do país. “No segundo semestre, o filme será dividido em oito módulos, de 24 minutos, para ser utilizado por emissoras de tevê e também em salas de aula. Numa hora/aula, por exemplo, daria para o professor passar um dos módulos, e ainda teria tempo para discutir com os alunos”, explica o diretor.

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