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Dilma pede diálogo e Aécio promete oposição vigorosa

(Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

BRASÍLIA – No primeiro evento público oficial após a reeleição, a presidenta Dilma Rousseff retomou ontem (5) o discurso de diálogo feito logo após a vitória nas urnas e disse que, na democracia, “há que saber ganhar como há que saber perder”. Ela voltou a defender que, terminada a eleição, é preciso desmontar palanques e dialogar em nome das mudanças que o país precisa.

“Qualquer tentativa de retaliação por parte de quem ganhou ou ressentimento por parte de quem perdeu é uma incompreensão do processo democrático. E mais: criaria no Brasil um quadro caótico onde o presidente eleito por um lado não conversa com o governador eleito por outro, um senador eleito por um lado não conversa com o outro. Isso não pode ser assim”, disse a presidenta em reunião aberta com integrantes do PSD, que reafirmaram apoio a ela para o segundo mandato.

Dilma reconheceu que a campanha eleitoral “acirrou ânimos”, mas reiterou que o momento agora é de mudar a trajetória da discussão e tentar chegar a consensos. A presidenta listou o que chamou de “metas” para o segundo mandato: aceleração do crescimento, combate à inflação, preservação da responsabilidade fiscal, continuidade da expansão do emprego, da renda e da inclusão social.

Oposição apoia Aécio como líder
Com a presença de representantes da oposição na Câmara e no Senado e de algumas legendas que já integraram a base aliada do governo, como PPS, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu ontem (5) apoio para liderar o movimento oposicionista no Congresso. As manifestações ocorreram durante a primeira reunião da Executiva Nacional do PSDB após as eleições deste ano, que resultaram na derrota tucana por um resultado considerado apertado (51,54% dos votos válidos para Dilma, contra 48,36% para Aécio).

“Estamos selando um pacto de construção da oposição revigorada e vitoriosa, pois passamos a eleição falando a verdade sobre uma nova construção política ética”, disse Aécio na abertura do evento. Lembrando nomes como os da senadora Ana Amélia (PP-RS) e do Pastor Everaldo (PSC), que participou da disputa presidencial no primeiro turno, o senador salientou que, em momentos da campanha, sua candidatura transformou-se em “grande movimento em favor do Brasil”.

Aécio Neves prometeu fazer a mais vigorosa oposição da história do país. “Sou um democrata. Lutei com as armas da verdade, combatendo como aprendi na política, onde as ideias devem brigar e não as pessoas. Tenho a mesma determinação e coragem para participar da nova oposição, reunida hoje pela primeira vez. Oposição não se faz com um ou alguns cidadãos. Também não precisa de um líder. Ela tem, viva na alma de milhões de brasileiros, a essência da indignação. Tem, ainda, a esperança enraizada naquilo que podemos mudar”, afirmou.

PSD reafirma apoio ao governo
O PSD reafirmou ontem (5) apoio à presidenta Dilma Rousseff e formalizou a posição de integrar a base aliada no segundo mandato. O presidente do partido, Gilberto Kassab, foi recebido por Dilma no Palácio do Planalto, ao lado de deputados, senadores, governadores e outras lideranças do partido, no primeiro evento público da presidenta após a reeleição.

Kassab leu trechos do manifesto lançado pelo PSD quando anunciou apoio a Dilma, durante a campanha eleitoral, e reiterou que o partido estará ao lado da presidenta no próximo mandato. “O partido estará ao seu lado para contribuir com o êxito do seu governo, para que daqui a quatro anos possamos ter orgulho do legado que seu governo vai deixar para a nação brasileira”, disse.


A presidenta Dilma Rousseff durante evento em que recebeu apoio do PSD, no Palácio do Planalto

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