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Dia triste para Minas, diz governador sobre privatização de usinas da Cemig

DA REDAÇÃO – “Este é um dia triste para Minas Gerais. Quando usinas hidrelétricas importantes, operadas pela Cemig nos últimos 30 anos, foram leiloadas pelo governo federal e agora passarão ao controle de empresas estrangeiras.” Com esta reflexão, o governador Fernando Pimentel inicia um vídeo postado nas redes sociais, lamentando a privatização das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, ocorrido na manhã desta quarta-feira (27).
Para Pimentel, o processo de venda poderia ter sido “ajustado” pelos governos anteriores do PSDB, que optaram por não aderir aos termos da medida provisória 579, de 2012, baixada pela presidente Dilma Rousseff, que prorrogava as concessões das hidrelétricas desde que as estatais reduzissem as tarifas de luz para os consumidores. “Infelizmente, não foi esse o entendimento da época, e agora o resultado está consumado com a realização do leilão”, lamentou o governador mineiro. Em todo o país, Minas Gerais foi o único estado a descordar com a proposta do governo federal, que detinha a propriedade das usinas.

NEGÓCIO MAL FEITO
O deputado estadual Rogério Correia também reforçou as críticas em relação à venda das quatro usinas hidrelétricas da Cemig pelo governo federal, que resultou na arrecadação de R$ 12,12 bilhões. “Este valor representa apenas 65,5% do lucro da empresa nos últimos sete anos e meio (R$ 18,5 bi). Ou seja, foi um negócio e tanto para quem comprou, mas um péssimo negócio para quem vendeu”, afirmou o parlamentar, combatendo o principal argumento do governo federal em defesa da privatização. “A razão sempre usada pelo governo Michel Temer é o déficit público, mas o dinheiro arrecadado na venda do patrimônio mineiro cobre menos de meio mês de déficit nas contas públicas federais”, argumentou.
O governador Fernando Pimentel destacou ainda os esforços que foram feitos, com o engajamento de prefeitos, deputados e funcionários da Cemig, para buscar uma negociação com o governo federal que permitisse a manutenção das usinas sob domínio estatal. “Infelizmente, não encontramos espaço para atender essa demanda dos mineiros. O tempo dirá se a decisão do governo federal foi a mais correta para o país. Mas, para Minas Gerais, com certeza não foi”, concluiu o governador de Minas Gerais.

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