Policia

DHPP vê crime de mando, e promotor aponta contradições do réu

Pitote chega ao Fórum de Ipatinga escoltado por agentes do sistema prisional

IPATINGA
– Sob um forte esquema de segurança que interditou as ruas próximas ao Fórum da Comarca de Ipatinga, começou às 9:10h desta sexta-feira, o julgamento de Alessandro Neves Augusto, o “Pitote”, principal acusado do assassinato do jornalista Rodrigo Neto, 38 anos, executado a tiros, em 8 de março de 2013, no bairro Canaã, em Ipatinga. Vejas as fotos e acompanhe o julgamento.

O júri está sendo presidido pelo juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga. Representa o Ministério Público, no julgamento, o promotor Francisco Ângelo Silva Assis. Os sete jurados que compõem o Conselho de Sentença são quatro homens e três mulheres.

O delegado Emerson Morais, do Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), foi o primeiro a depor. Ele confirmou as informações constantes do relatório do inquérito policial e falou sobre os trabalhos relevantes de sua equipe, em várias cidades, e que levaram à condenação dos réus.

QUEIMA DE ARQUIVO
Em seguida, o promotor Francisco Ângelo fez perguntas ao delegado sobre as estratégias de investigação de sua equipe de trabalho. O delegado explicou as linhas de investigação do assassinato do repórter policial.

A testemunha afirmou que uma das linhas de investigação foi em desfavor do fotógrafo Walgney Carvalho, posteriormente descartada.

O delegado enumerou outras pessoas que foram investigadas como possíveis autoras do homicídio.
A testemunha afirmou que a morte do fotógrafo Carvalho foi queima de arquivo, porque Carvalho dizia saber quem matou Rodrigo.

Emerson Morais afirmou não ter dúvidas de que Pitote também executou o fotógrafo.
O delegado falou sobre as evidências da participação de Pitote na morte do repórter policial. Segundo ele, o réu seria um homicida infiltrado na Delegacia de Ipatinga.

CRIME DE MANDO

A defesa do réu, representada pelo advogado Rodrigo Márcio da Silva Carmo, também fez perguntas ao delegado. Emerson voltou a reafirmar as evidências que levaram à conclusão sobre a participação de cada um dos réus no crime. Ele disse que há um inquérito policial complementar para apurar o mando e a motivação do crime.

A testemunha de acusação afirma ainda não duvidar de que se tratou de um crime de mando.
A testemunha afirma que perícias indicam que Rodrigo e Carvalho foram mortos pela mesma arma, que não foi encontrada.
O delegado que presidiu o inquérito explicou detalhes da investigação que levou à acusação de Pitote pela morte do repórter.

NEGATIVA
Logo após o depoimento do delegado, o juiz Antônio Augusto Calaes começou o interrogatório de Pitote, que negou a autoria dos crimes – homicídio do repórter Rodrigo Neto e tentativa de homicídio de seu amigo L.H., que estava com Neto no dia do crime.

O juiz leu depoimentos do réu, que integram os autos.
As demais testemunhas, três de defesa e três de acusação, foram dispensadas.
O juiz leu depoimento do réu, dado na fase de inquérito, mas o réu não confirma alguns pontos do depoimento. O juiz também leu depoimento do réu, dado durante audiência conduzida pelo próprio magistrado, mas Pitote afirmou não conhecer a prova dos autos e não saber ao certo por que está sendo acusado.

O promotor Francisco Ângelo questionou as inúmeras ligações telefônicas feitas por Pitote para o outro réu, o ex-policial Lúcio Lírio.L.L., no dia do crime.
O promotor afirmou que as provas contra o réu são fartas e claras, fruto de investigação que durou sete meses.
Várias linhas de investigação foram percorridas, segundo o MP, até que se chegasse ao nome do réu.

O promotor apontou contradições entre depoimentos de Pitote e Lúcio Lírio, condenado em agosto de 2014 pelo mesmo crime.
O MP afirma que ligações telefônicas entre o réu e Lúcio colocam os dois na cena, no dia e na hora do crime.

Ao meio dia, foi iniciado um período de 50 minutos para o almoço.


Pitote chega ao Fórum de Ipatinga escoltado por agentes do sistema prisional


Durante depoimento no tribunal, o réu voltou a negar envolvimento na morte do jornalista


Fila em frente ao Fórum para acompanhar o julgamento começou bem cedo


O promotor Francisco Ângelo Silva Assis representa do Ministério Público


O juiz Antônio Augusto Calaes de Oliveira, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Ipatinga preside o júri

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