Policia

Depois de perder a guarda, mãe mata filhas e se suicida

(Créditos: Blog O Popular / Reprodução)

DA REDAÇÃO – A Polícia Civil de Itabira encerrou nessa segunda-feira (12), as investigações sobre a tragédia ocorrida no fim de semana em Itabira, quando a própria mãe matou as duas filhas e depois também se matou. Segundo o inquérito as duas crianças morreram asfixiadas.

A polícia acredita que a mãe das crianças, a enfermeira Ana Flávia Marques Teixeira, 34 anos, teria usado travesseiros para matar as próprias filhas, já que os corpos das meninas, uma de 4 anos e outra de 10 meses, não apresentavam sinais de agressão.

O relatório de necropsia feita na manhã desta segunda-feira (12) apontou que a mulher também morreu asfixiada por uma corda. Ana Flávia se enforcou em uma corda pendurada em um gancho após assassinar as próprias filhas.

O delegado responsável pelo inquérito, Juliano Alencar, disse que os exames feitos no IML mostram que as crianças estavam mortas há mais de 24 horas antes de serem encontradas, no fim da tarde de domingo (11). O delegado disse também que vai aguardar um exame toxicológico nos corpos, já que a polícia encontrou duas seringas sem agulhas no quarto.

“Estima-se que as crianças teriam sido mortas até a manhã de domingo, o que indica que ela permaneceu no quarto por várias horas junto com os corpos das filhas antes de se matar”, afirmou.

CRIME

A tragédia que abalou a população de Itabira foi descoberta no fim da tarde de domingo (11). Os corpos da mãe e filhas foram encontrados em um motel. Segundo as investigações da Polícia Civil, Ana Flávia teria entrado no estabelecimento por volta de 3h da madrugada de domingo.

Funcionários do motel contaram à polícia que por volta de 12:00h de domingo a mulher pediu caipivodka, um espeto de frango, suco, banho de espuma e solicitou que fosse chamada por volta das 17:00h. Ao ligarem no quarto, no horário marcado, ninguém atendeu. No horário, os funcionários bateram na porta e não foram atendidos. Nesse momento uma das camareiras verificou por debaixo da porta e viu os pés da mulher, que pareciam imóveis e roxos, e então chamou a PM.

Dentro do quarto a polícia encontrou um bilhete sobre a mesa onde dizia que o ex-marido era o culpado por tudo.
Ainda conforme as apurações, Ana Flávia estava separada de seu marido Graziano de Oliveira Batista, 28 anos, há mais de um ano e meio. Em dezembro ela teria perdido a guarda das duas filhas para o ex-marido. De acordo com a PC, quando ela foi informada da decisão judicial, desapareceu com as crianças e desde então não foi mais vista.

DESPEDIDA
Um áudio gravado por Ana Flávia antes da tragédia e encaminhado a uma amiga se espalhou pelo aplicativo WhatsApp. A gravação também já foi analisada pela PC, que acredita que a mulher tenha gravado o áudio momentos antes de se matar e numa hora de grande desespero.

Na gravação com duração de 4 minutos e 12 segundos, a mulher chora, faz acusações ao ex-marido, à própria família e se despede. A enfermeira reclama da Justiça por ter dado a guarda das filhas ao ex-marido com ajuda da família dela. “O que eu não consegui em um ano, o Graziano conseguiu em 15 dias, tirar a única motivação que eu tinha para viver”, disse Ana em um dos trechos.

TRAGÉDIA ANUNCIADA
No fim da gravação, Ana disse que era odiada pela família e pede perdão. “Sempre me disseram que eu sou um lixo, que eu não presto pra nada. Perdoe-me todo mundo, Gi eu te amo. Bethe obrigada por tudo. Obrigada por tudo. Infelizmente hoje”, relata trecho do áudio.

Graziano de Oliveira Batista, 28, em entrevista a jornalistas em Itabira, disse que Ana havia falado, em mais de uma ocasião, que mataria as filhas e daria fim à própria vida. Ainda de acordo com ele, tudo está registrado em depoimentos feitos à Justiça. O corpo de Ana Flávia será sepultado em Barão de Cocais, onde moram seus parentes. As duas filhas serão sepultadas no Cemitério do Baú, em João Monlevade.

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