Cidades

Demora em atendimento gera reclamações na UPA

André Almeida

IPATINGA – Usuários reclamaram, na noite desta terça-feira (8) do atendimento prestado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ipatinga. A demora no atendimento foi a principal queixa de quem esperava por uma consulta.

Venerson Santos, 27, contou ter chegado pela manhã à unidade com náuseas e forte dor de cabeça e nove horas depois ainda esperava para ser atendido, situação semelhante a da dona de casa Keila Janaína, 23, que também esperava atendimento desde cedo.

Quem também passou por momentos de espera na Unidade de Pronto Atendimento foi Luzia Matilde, moradora do bairro Bom Jardim. Ela explicou que procurou o serviço público de saúde por estar sentindo dores na coluna e que passava mal “até na hora de respirar”.

Entretanto, depois de quase 10 horas de espera, Luzia ainda não havia sido atendida, o que resultou em aumento de suas dores. “Essa situação é muito humilhante. A saúde está um caos”, reclamou a dona de casa, que relatou ainda ter presenciado dois desmaios de pacientes que aguardavam para serem atendidos.

Alceir Cunha, 23, morador do bairro Forquilha, chegou logo no início da manhã à UPA e quase 11 horas depois, não tinha sido chamado para o atendimento médico. O jovem chegou a reclamar com funcionários da unidade pela demora no atendimento.

“Reclamei depois de quase três horas esperando. Eles falaram que estavam chamando só casos de urgência e emergência e nenhuma ficha verde (casos menos graves) estava sendo chamada”, afirmou.

A classificação de gravidade dos casos é feita por enfermeiros da própria UPA assim que o paciente chega à unidade. Pacientes com casos considerados menos graves recebem uma pulseira verde, enquanto os mais complexos são classificados com pulseiras que podem variar entre as cores amarela até vermelha.

Eva Maria Estanislau acompanhava a filha, classificada como paciente amarela por apresentar um quadro de infecção na garganta e inchaço nas costas. Porém, nem mesmo a classificação de risco fez com que Eva e a filha escapassem da espera. As duas ficaram por mais de cinco horas aguardando o chamado médico.

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