Policia

Delegada nega existência de maníaco na região

Arquivo DP

DA REDAÇÃO – Em uma coletiva a imprensa nesta quarta-feira, a delegada regional Irene Franco afirmou que não há um maníaco atacando mulheres na região. A informação ganhou força após dois casos de estupro, em que um mesmo autor estaria envolvido, serem noticiados e assustar a população. Segundo a delegada, nenhum suspeito foi identificado.

Os casos ocorreram no último domingo, quando duas mulheres foram abusadas sexualmente por um homem, que a polícia acredita ser a mesma pessoa. Os crimes foram registrados em horários diferentes, porém, o autor utilizou o mesmo modus operandi.

CASOS
No primeiro caso, uma adolescente de 15 anos foi abordada às 3h de domingo no bairro Caravelas, em Ipatinga, por um homem em uma motocicleta com um baú. Armado, ele parou próximo à jovem e exigiu que ela subisse em seu veículo.

Em seguida, o autor levou a jovem a um matagal no bairro Industrial, em Santana do Paraíso. Ele a obrigou a manter relações sexuais.

Antes de evadir, o homem roubou o celular da adolescente e lhe entregou apenas o chip. A jovem foi socorrida por populares e encaminhada ao Hospital Márcio Cunha.

Já no segundo caso uma mulher de 28 anos passou pela mesma situação. Ela estava em um ponto de ônibus do bairro Industrial, às 5h, quando foi abordada por um homem em uma motocicleta com características iguais ao autor do crime anterior.

O estupro aconteceu nas mesmas circunstâncias. Porém, antes de deixar o local do crime, o autor chegou a dizer que estaria seguindo viagem para Mesquita.

FALÁCIA
Nesta quarta-feira, a delegada Irene Franco explicou que desde a data do crime, tanto a Polícia Militar quanto a Civil estão procurando o autor, que ainda não foi identificado. Ela informou que não há um “maníaco em série” na região, como foi noticiado em alguns veículos de comunicação.

“Nós temos casos de estupro que aconteceram recentemente, porém, em contextos diferentes. E diante disso, não há nada que autorize a polícia a dizer que são casos praticados pela mesma pessoa. Essa intitulação de maníaco é prematura e falaciosa”, afirmou.

CUIDADOS
Segundo a delegada, as mulheres não precisam deixar de sair de casa em função do medo. “Não há motivo para que as mulheres deixem de ir à rua. O que elas precisam fazer é tomarem cuidados, mas isso é independente da época. É o cuidado ao andar sozinha na rua à noite, observar o movimento ao sair da própria residência, não conversar com estranhos. Coisas que aprendemos com as nossas mães. Não há motivo para mudar a rotina em função de um boato”, acrescentou.

DESINFORMAÇÃO
Sobre informações e imagens de um suposto autor que foram compartilhadas em redes sociais e aplicativos de celular, como o WhatsApp, a delegada alertou que a prática pode ser considerada crime. “Hoje em dia a transmissão de informação está muito rápida. Essa semana, vários foram os compartilhamentos de placas de veículos, fotos de supostos autores e vítimas repassadas, e todas elas são falsas. A partir do momento em que se divulga isso presta-se um desserviço, além de uma falta de compaixão com o ser humano. Porque depois, se alguém é agredido ou perde a vida em função de compartilhamento de informações falsas, não há como reverter a situação. A partir do momento que uma pessoa passa para frente uma mensagem que contribui para a difamação de uma pessoa, você está cometendo um crime. A Polícia Civil pede que não sejam repassadas informações que não são verdadeiras”, exortou.

QUATRO CASOS

Ela afirmou que a polícia ainda investiga a ligação dos dois casos ocorridos no Industrial. “Provavelmente foi o mesmo autor, mas ainda não temos certeza. Os casos serão investigados. Temos quatro situações de domingo pra cá. Dois casos foram semelhantes e os outros dois não possuem qualquer relação”, concluiu.

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