Cidades

CSN questiona contratos entre Usiminas e a Nippon Steel

SÃO PAULO (Reuters) – A CSN encaminhou uma petição à Justiça em que alega que a Nippon Steel prejudicou as finanças de sua controlada Usiminas por meio de forte crescimento no volume de negócios com a siderúrgica brasileira, que atingiram 19 bilhões de reais em 2014, afirmaram fontes com conhecimento do assunto.
De acordo com a petição, o montante de contratos entre a siderúrgica mineira e subsidiárias da Nippon Steel subiu 10 vezes entre 2010 e 2014, segundo as fontes.
O material foi enviado à Justiça na segunda-feira e adicionado a um processo já aberto pela CSN, que é a principal acionista minoritária da Usiminas.

O documento tem como objetivo a suspensão dos efeitos da assembleia de acionistas que aprovou em 18 de março um aumento de capital de 1 bilhão de reais na Usiminas com garantia de exercício dada pela Nippon Steel.
Segundo as fontes, a petição da CSN alega também que unidades de produção da Usiminas não teriam se beneficiado de contratos envolvendo transferência de tecnologia e equipamentos da Nippon Steel.

O processo alega que a o grupo Techint, o outro controlador da Usiminas, permitiu à Nippon Steel ampliar contratos com a siderúrgica em troca de manter o poder na gestão da companhia, disseram as fontes.
A Nippon Steel não comentou o assunto, mas afirmou que a companhia “sempre incorporou inovações tecnológicas na Usiminas ao longo do tempo, contribuindo para a qualidade dos produtos exportados pela Usiminas”. A Techint não se pronunciou de imediato e a CSN não comentou o assunto.

O processo aberto em Minas Gerais faz parte do esforço da CSN para ter maior influência sobre a Usiminas, que está em grave situação financeira e enfrentando um mercado interno de aço deprimido e a disputa societária entre Nippon Steel e Techint.

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