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Construção de dique pela Samarco irrita moradores

Obras do dique S4, que está sedo construído na região em que se localizava o município de Bento Rodrigues 

BH – Em Bento Rodrigues, povoado de Mariana destruído pela lama, a mineradora de propriedade da Vale e BHP Billiton optou por construir um dique (chamado S4) que alaga parte do terreno, já que, segundo ela, a retirada da lama do local demandaria muito tempo e uma engenharia complexa. A obra é contestada pelo Ministério Público Federal e irrita ex-moradores, que pedem respeito pelas suas memórias. A mineradora responde que “lamenta” a tragédia, mas que se preocupa com as populações que estão rio abaixo.

No entanto, as populações rio abaixo continuam sujeitas a problemas. Em vistoria feita neste mês, o Ibama verificou que “não foi constatado nenhum ponto com remoção do rejeito, sendo que, em 12%, se verificou, em vez disso, a incorporação do rejeito ao solo natural”.

Segundo o órgão ambiental federal, a empresa “tem utilizado técnicas de incorporação de solo sem sequer avaliar possível retirada do rejeito”. Na terça (25), a presidente do Ibama, Suely Araújo, disse que a retirada de lama da beira dos rios “está muito devagar”.

Em nota, a Samarco disse que está prevista a retirada de 1 bilhão de litros de lama da região de Bento Rodrigues e que a remoção de rejeitos ao longo dos outros pontos dos rios “está sendo pauta de discussão” no comitê interfederativo. A empresa também diz que tem trabalhado no controle de erosão. (Com Folha de São Paulo)

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