Lista definida ontem pelo Conselho Metropolitano do Vale do Aço será submetida ao governador Anastasia
FABRICIANO – O Conselho Metropolitano do Vale do Aço, composto por integrantes da sociedade civil organizada, do Legislativo e Executivo estadual, prefeitos de Timóteo, Fabriciano, Santana do Paraíso e Ipatinga, definiu na tarde de ontem (29) os nomes da lista tríplice dos indicados ao cargo de diretor-geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço. Os escolhidos são Anfilófio Sales, que dirigiu por anos a Fundação Aperam; José Júlio da Costa Neto, advogado; e Thales Rezende Coelho Alves, que foi consultor jurídico em várias prefeituras. Conforme o diretor da Agência Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH), Camillo Fraga, os nomes serão agora encaminhados ao governador do Estado, Antonio Anastasia. O encontro também debateu a saúde e segurança pública na Região Metropolitana.
O prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões (PT), que é 1º secretário no Conselho Deliberativo, participou da reunião. Os prefeitos de Ipatinga, Robson Gomes; e de Santana do Paraíso, Joaquim Correia de Melo – Kim, além de representantes da sociedade civil, estiveram presentes ao encontro.
CENTRO ADMINISTRATIVO
A construção do Centro Administrativo da Região Metropolitana do Vale do Aço também foi pauta da reunião. “Questionei ao diretor interino (Camillo Fraga) se alguém foi autorizado pelo Estado a dizer onde seria construído o Centro e ele respondeu que ninguém foi autorizado. Ele afirmou que há estudos preliminares para que seja construído em Fabriciano, onde funciona o DER. Isso consta na ata da reunião”, destaca. “A Agência de Desenvolvimento da RMVA tem sede em Ipatinga, mas isso não significa que o Centro Administrativo tem que ser construído no município”, completa.
SAÚDE
Durante o encontro, Chico Simões disse que, em relação à Saúde, é preciso fazer um planejamento estratégico, definindo a responsabilidade de cada município – incluindo os municípios menores que compõem a RMVA. “É necessário estabelecer diretrizes para solucionar vários problemas na Saúde da região. Cumprindo uma determinação judicial, o Estado reabrirá o Hospital Siderúrgica e isso irá desafogar bastante”, observa.
Para Chico Simões, conforme solicitou na reunião, é preciso uma deliberação para que haja uma pactuação entre os hospitais com a RMVA. “A solicitação é para que hospitais, como o Márcio Cunha e o Vital Brazil, que são duas fundações que receberam, ao longo dos anos, recursos públicos, além do que receberam pelos serviços prestados, pactuassem com a RMVA para a realização de todos os procedimentos pelos SUS”, comenta.
SEGURANÇA
Sobre a segurança pública, Simões aponta que, além das ações preventivas que já são realizadas por municípios, como em Fabriciano, uma das soluções para reduzir a violência é garantir policiais nas cidades de acordo com o número de habitantes. “Em Fabriciano, temos um policial para cada mil habitantes e, em Ipatinga, dois para cada mil habitantes”, informa. O prefeito também ressalta que é preciso ampliar ações de investigação. “Podemos afirmar que em Fabriciano, nos últimos cinco anos, nenhum crime violento foi elucidado. Quando não há elucidação dos crimes, cria-se um ambiente favorável para a violência”, conclui Simões.
Secretário também nega Centro Administrativo em Ipatinga
FABRICIANO – O secretário de Estado extraordinário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, desmentiu, na tarde desta terça-feira (29), boatos da construção de um centro administrativo reunindo órgãos públicos estaduais em Ipatinga. Ele participou de reunião da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, convocada a pedido do deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB) para tratar dessa questão, que aflige sobretudo a população da cidade vizinha de Coronel Fabriciano.
Segundo o secretário, tudo não passa de um mal-entendido. “Trata-se de um factoide político criado por aqueles que não têm compromisso com a verdade”, afirmou. Ele garantiu que a ideia de reunir em um só lugar os 18 órgãos públicos estaduais espalhados pelos municípios do Vale do Aço não passa de um pleito junto ao governador Antonio Anastasia. “Não há nenhuma decisão política nem planejamento orçamentário para isso”, assegurou.
Criada em 2006, a Região Metropolitana do Vale do Aço reúne os municípios de Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso, que juntos, somam mais de 450 mil habitantes. Ipatinga e Timóteo foram emancipadas de Coronel Fabriciano em 1964, em função do desenvolvimento trazido pela instalação da Usiminas e da Acesita, duas grandes usinas siderúrgicas. Santana do Paraíso, o menor dos quatro municípios, abriga o aeroporto que serve a região.
Simões defendeu um planejamento estratégico na saúde,
definindo a responsabilidade de cada município
