Bicicleta ficou completamente destruída e vítima (no detalhe) teve traumatismo craniano
IPATINGA – Um ciclista ficou gravemente ferido em um acidente na manhã de ontem (13), na BR-381, perímetro urbano do bairro Horto, em Ipatinga. Davi Marcos da Silva, 71 anos, atravessava a via em sua bicicleta quando foi atropelado pelo Ford Ecosport, placa MVA-5534, conduzido por Delvon Máximo da Cunha.
A Polícia Militar Rodoviária compareceu até o local do acidente, onde deparou com a vítima caída, sendo atendida por um soldado do Corpo de Bombeiros, que coincidentemente passava pelo local. O militar prestou os primeiros socorros à vítima até a chegada do SAMU, que levou Davi para o Hospital Márcio Cunha.
Com o impacto, a vítima bateu no parabrisas do carro e depois caiu. No hospital, a polícia recebeu informação de que a vítima sofreu traumatismo craniano, escoriações pelo corpo e corte na cabeça. Ela se encontra internada em observação. A assessoria de comunicação do HMC informou na tarde de ontem (13) que Davi passou por uma série de exames e que seu quadro clínico era estável.
INEVITÁVEL
O motorista do carro que seguia sentido Ipatinga a Coronel Fabriciano estava abalado com o ocorrido. Ele contou à polícia que trafegava pela pista esquerda da via e, ao perceber que os veículos da frente estavam se deslocando para a direita, fez a mesma manobra. Foi quando se deparou com o ciclista atravessando a rodovia. Mesmo tentando desviar, não conseguiu evitar a colisão. “O trânsito estava muito complicado na hora. Se eu conduzisse o carro para outro lado, eu iria provocar mais acidente ainda, porque ia bater contra outros veículos. O homem atravessou sem atenção nenhuma. Não observou o trânsito e aconteceu o pior”, disse o motorista.
A versão contada pelo motorista do Ecosport foi confirmada no Boletim de Ocorrência por outras testemunhas que presenciaram o fato. “Pelo que a gente pôde notar aqui, o condutor da bicicleta foi atravessar a rodovia montado nela. O local é de grande movimento e os veículos que estavam à frente conseguiram desviar, mas esse condutor não conseguiu”, relata a sargento Eliany.
PERIGO
O trecho onde ocorreu o acidente já foi alvo de inúmeras reportagens na imprensa local. Em todas elas foram mostrados os perigos no trecho urbano da rodovia e a grande movimentação de pedestres que precisam atravessar a BR, sem qualquer tipo de segurança.
O trecho que recebeu o nome de avenida Pedro Linhares deixou de ser municipalizado na atual administração e por isso não recebe nenhuma intervenção por parte do poder público local, ficando então a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit).
O perito de trânsito da Polícia Civil, José Batista Ribeiro, trabalha na área há mais de 16 anos. Ele destaca quatro locais da pista de grande periculosidade. “Não tem nada que controle o trânsito no local e a gente assiste aqui gente passando a 120 km/h. E no canteiro central os ramos gigantes das árvores atrapalham a visão do pedestre”, observa o perito, acrescentando que alguém precisa ser responsável. “Seja a responsabilidade do Dnit ou prefeitura, não interessa. O problema já teria que ser resolvido há muito tempo”, diz.
O perito ainda critica alguns pontos de pouca movimentação onde foram colocados algum tipo de redutor de velocidade. “Lugar onde não deveria ter redutor de velocidade, tem. Você não vê movimento nenhum lá. Quebra mola em Ipatinga parece que é pedido igual pizza. E eu nunca fiz uma perícia nesses pontos”, finaliza o perito.
