(Crédito: Agência Brasil)
IPATINGA – Representantes de dezenas de sindicatos do Vale do Aço irão às ruas nesta quinta-feira (11) para participarem do Dia Nacional de Luta, movimento convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em parceira com outras centrais sindicais, em caráter nacional. Na região, o ato terá a adesão de pelos menos três entidades sindicais além da CUT: a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Novas Centrais Sindicais e a Força Sindical, que não se articulou com as outras entidades e deverá protestar de forma independente.
Segundo dirigentes da CUT, o debate sobre o evento vem acontecendo há mais de um mês e, ontem, uma reunião na sede do Sindicato dos Comerciários de Ipatinga (Seci) definiu as últimas estratégias para o movimento no Vale do Aço.
CONCENTRAÇÃO
Aqui, o Dia Nacional de Luta será concentrado às 8h30, em Ipatinga, na Praça 1º de Maio, no Centro e contará com adesão de todos os sindicatos filiados à CUT na região. São entidades como o Sind-UTE, que representa trabalhadores em educação, Metasita, dos metalúrgicos de Timóteo, e Seci, dos comerciários de Ipatinga. A ideia é que o protesto se concentre no Centro, mas que ganhe as ruas.
De forma paralela a essa manifestação, três categorias irão paralisar as atividades na quinta e realizar uma greve de um dia. São eles os sindicatos dos Eletricitários (Sindieletro), da rede estadual de ensino e dos servidores da saúde a nível estadual (Sind-Saúde).
Sindicatos dos servidores públicos também darão sua contribuição com o movimento. São esperados representantes do Sinsep, de Timóteo, e Sintmcelf, de Coronel Fabriciano. O Sintserpi, que representa os funcionário públicos de Ipatinga, decidirá hoje a sua participação no movimento, uma vez que tem agendado para os próximos dias atos públicos próprios.
FORÇA
Ainda nesta quarta-feira, lideranças da Força Sindical, central que hoje representa os trabalhadores e aposentados da Usiminas, bem como da Cenibra, irão se articular para também protestarem nessa quinta-feira. O presidente estadual da Força, Luis Carlos Miranda, prometeu que os detalhes do ato público seriam revelados ontem à tarde.
Contudo, o sindicalista disse que o Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa) já trabalha com a hipótese de uma ampla manifestação. Panfletos informativos serão distribuídos na portaria das empresas metalúrgicas chamando para o movimento e, mesmo sem articulação com o ato encabeçado pela CUT regional, Miranda garantiu participação e apoio da Força. “Estamos trabalhando pra isso”, disse.
PAUTA EXENSA
A pauta de reivindicações das centrais que sairão às ruas do país amanhã é extensa. O diretor do braço regional da CUT no Vale do Aço, Antônio Ademir da Silva, elencou uma série de causas pelas quais os sindicalistas estão indo às ruas: a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o fim do fator previdenciário, a reforma agrária, a reforma política e melhorias no transporte são algumas delas.
Segundo Antônio, que também é diretor do Sindicato dos Comerciários de Ipatinga (Seci), o movimento irá protestar por mudanças não apenas para uma categoria. “Estamos reivindicando direitos não só do trabalhador do comércio, por exemplo, mas de toda a população”, afirmou.
A mobilização nacional também pretende destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos ministérios. Por isso, os protestos vão chamar a atenção para o projeto de lei 4330, que trata sobre a terceirização dos serviços em empresas privadas, e pedirá a suspensão dos leilões de petróleo.
Em todo o Brasil, as centrais sindicais planejam manifestações com grandes concentrações nas capitais. Em Minas Gerais, além da paralisação de três categorias, haverá um ato conjunto no Centro de Belo Horizonte e, logo em seguida, manifestantes vão sair em passeata pelas principais ruas da capital do Estado.
Segundo a presidente da CUT regional Vale do Aço, Feliciana Saldanha, em Ipatinga, a expectativa é de que o protesto dure o dia todo com atividades que serão definidas na hora e local.
