Esportes

Cai o técnico Marcelo Oliveira

Bruno Cantini

BH (SUPERESPORTES)
– Fim do ciclo de Marcelo Oliveira no Atlético. Com um pronunciamento na tarde desta quinta-feira, na Cidade do Galo, o técnico encerrou seu ciclo de pouco mais de seis meses pelo clube. A demissão aconteceu no início desta tarde, depois de reunião com a diretoria. A gota d’água foi a derrota por 3 a 1 para o Grêmio, na primeira partida da final da Copa do Brasil, no Mineirão.

A derrota para o Grêmio deixa o Atlético longe da taça da Copa do Brasil. O péssimo resultado no Mineirão gerou muita insatisfação do torcedor, principalmente com a comissão técnica. Alguns atleticanos chegaram a xingar Marcelo Oliveira da arquibancada.

Mesmo com a pressão, Marcelo se surpreendeu com a demissão. O treinador não esperava perder o cargo em meio à decisão da Copa do Brasil. O treinador, no entanto, admitiu que o resultado péssimo diante da torcida culminou para o fim do ciclo no Galo.

FRUSTRAÇÃO
“Diferente das outras oportunidades em que estive aqui para entrevista, hoje fiz questão de dar apenas um depoimento, fui chamado para uma reunião hoje, me surpreendi com o final da reunião e com a saída do clube. Me surpreendi porque temos um jogo, possibilidade de ser campeão. As dificuldades são grandes, mas também tenho consciência de que o jogo de ontem [anteontem] foi frustrante pelo primeiro tempo muito ruim que fizemos e isso gerou uma insatisfação em todos. Foram seis meses de muito boa convivência, queria dizer que surpreende também um técnico sair na condição de estar disputando uma final e já classificado para a próxima Libertadores. Mas a expectativa era grande demais no Mineirão e não conquistamos a vitória da forma como queríamos. Voltei ao Atlético para conquistar títulos, vitórias e fazer com que o time produzisse bem. Não somos infalíveis, mas também não somos incompetentes, trabalhamos com comprometimento, entrega. Só não foi melhor porque isso é futebol, isso é jogo”, disse Marcelo.

NÚMEROS
Marcelo comandou o Atlético em 42 partidas e teve números razoáveis – pouco para quem tem um elenco considerado um dos melhores do país. Foram 18 vitórias, 14 empates e dez derrotas. A defesa alvinegra foi vazada em 58 oportunidades, 48 delas apenas no Campeonato Brasileiro, fator crucial para que o time não lutasse até o fim pela taça.
A média de gols sofridos assusta. Desde que o Atlético iniciou um período de títulos e disputas intensas pelos troféus (a famosa ‘era Cuca’), nenhuma defesa foi tão vazada como a de Marcelo Oliveira. A equipe do treinador levou 1,38 gols por jogo, se tornando o pior sistema dos últimos anos.
O ano termina com o trio formado por Fred, Lucas Pratto e Robinho como destaques, enquanto o torcedor sonha com reforços de peso para a defesa.

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