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Cai o ministro da Educação Ricardo Vélez

(DA REDAÇÃO) – O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (8) o nome de Abraham Weintraub para o Ministério da Educação no lugar de Ricardo Vélez Rodriguez.

Segundo o presidente, Abraham é doutor, professor universitário, possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a Pasta. “Aproveito para agradecer ao professor Vélez pelos serviços prestados”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter.

Abraham Weintraub é o novo ministro e trabalhava na Casa Civil, Com Ônix Lorenzoni

Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub é mestre em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Executivo do mercado financeiro, atuou no grupo Votorantim e foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa. Em 2016, coordenou a apresentação de uma proposta alternativa de reforma da previdência social formulada pelos professores da Unifesp. Weintraub atua como secretário-executivo da Casa Civil, sob o comando de Onyx Lorenzoni.

Vélez é o segundo ministro a ser exonerado antes dos 100 primeiros dias do governo Bolsonaro, a serem, completados na próxima quarta-feira (10). O primeiro foi o ex-chefe da Secretaria-Geral da Presidência e um dos principais articuladores da campanha eleitoral do atual presidente, Gustavo Bebbianno (PSL).

INCOMPETÊNCIA

A gestão de Vélez no Ministério da Educação foi pontuada por polêmicas inúteis, exonerações e incompetência. Na semana passada ele foi enquadrado pela jovem deputada Tábata Amaral (PDT), que lhe fez duras críticas e sugeriu que renunciasse. Desde que assumiu Vélez protagonizou uma série de polêmicas e nenhuma solução para os problemas vividos pela Pasta. Vélez, num arroubo nacionalista um tanto exacerbado para um colombiano naturalizado brasileiro, impôs que os estudantes brasileiros cantassem o Hino Nacional, após a leitura de uma carta, no início do ano letivo, fossem filmados e as imagens enviadas em MEC. Depois, nomeou e exonerou altos funcionários que queriam introduzir mudanças estapafúrdias como o ensino baseado nos princípios bíblicos, determinou e depois voltou atrás na decisão de não realizar a avaliações do ensino fundamental, não deu resposta satisfatória para a crise do Enem (que corre o risco de ter o calendário prejudicado pela falência da gráfica que imprime as provas) e, por último, prometeu revisar os livros didáticos para satisfazer o chefe (o que parece não ter sido suficiente para acalmá-lo) e suprimir referências ao golpe militar de 1964, que eles dizem não ter existido.

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