Policia

Briga em bar condena réu a 4 anos de prisão

(Crédito: Patricia Belo)

IPATINGA – Foi julgado e condenado no Fórum de Ipatinga, ontem (28), o réu Laidesson Matheus do Nascimento Costa, conhecido como Lalá. O acusado cumprirá pena de 4 anos, 9 meses e 18 dias, em regime fechado, por dupla tentativa de homicídio, ocorrida em um bar no bairro Cidade Nobre, no dia 13 de maio de 2013.

Representante do Ministério Público, o promotor Bruno Giardini pediu a condenação do réu por dupla tentativa de homicídio, com duas qualificadoras, motivo fútil e fator surpresa. O réu foi condenado nos termos da denúncia, conforme solicitado pelo MP, não sendo acolhida nenhuma das teses de defesa. Porém, o juiz retirou as duas qualificadoras, sendo Lalá condenado somente por duplo homicídio.

“Entendemos que, por se tratar de um crime de grande repercussão, um tiroteio em um estabelecimento, com tantas pessoas envolvidas, Laidesson deveria ter sido condenado a pelo menos 12 anos de prisão. Porém, não foi a percepção dos juízes. Vamos recorrer da decisão, quero aumentar essa pena em pelo menos mais 9 anos”, informou o promotor.

LESÃO
O advogado de defesa Mauro Lúcio dos Santos pediu durante o julgamento que o seu cliente fosse julgado pelo crime de lesão corporal. Segundo ele, os tiros dentro do estabelecimento foram acidentais e, fora do bar, Laidesson efetuou os disparos para o alto, pensando em dispersar a briga.

“Não existem imagens que provam que os disparos de dentro do bar foram feitos por Lalá. Os tiros foram acidentais, já fora do comércio meu cliente efetuou os disparos com intenção de descarregar a arma de fogo, para que nenhuma outra pessoa pegasse o revólver e atirasse mais. Ele queria que todos se afastassem dali, queria acabar com a confusão. Vamos recorrer da sentença”, contestou.

O CRIME
Uma discussão em um bar, em abril de 2013, levou Laidesson Matheus a julgamento. Dentre os envolvidos na briga, apenas Lalá foi a julgamento. Segundo investigou a polícia, tudo começou quando um colega de Lalá foi expulso do ambiente por estar importunando uma cliente.

Consta que um policial militar presente no bar notou que o amigo do acusado estava perturbando a moça. Para tentar resolver a situação, o militar acionou os seguranças do local, que retiraram o amigo de Lalá de dentro do estabelecimento.

Ao saber do atrito com o colega, Lalá foi tirar satisfações com o segurança do bar. O policial, que ainda estava no bar, acabou entrando em atrito com o acusado, que o agrediu e o desarmou, conforme ficou apurado nos autos e gravado em imagens de câmera do circuito interno.

Na sequência, vários disparos foram efetuados dentro do estabelecimento. Depois disso, Lalá teria efetuado outros tiros em via pública. Uma testemunha chegou a gravar imagens, documentando três disparos. Na briga duas pessoas ficaram feridas.

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