FABRICIANO – Situada na Rua Maria Matos, no Centro de Coronel Fabriciano, a tradicional loja Rock Point foi alvo da ação de bandidos na madrugada desta quarta-feira (20). Por volta das 4h, dois homens usaram um automóvel Volkswagen Gol para dar marcha à ré sobre a calçada e estourar uma porta de aço. O prejuízo, de acordo o proprietário, pode ultrapassar R$ 20 mil.
Nas últimas semanas, a Polícia Militar já havia registrado arrombamentos a lojas do Vale do Aço com o mesmo modo de operação. Pelo menos dois estabelecimentos, em Ipatinga, tiveram as portas destruídas e mercadorias levadas por ladrões que usaram um carro – geralmente furtado – na ação criminosa.
MARCHA A RÉ
A onda de arrombamentos da “gangue da marcha à ré”, conforme apelidou a população, fez alguns lojistas tomarem uma medida drástica: a instalação de defensas metálicas, ou com madeira, em frente as lojas, uma antiga saída para inibir a ação dos bandidos.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço, José Maria Facundes, reforça que essa rotina de arrombamentos tem tirado o sono de muitos lojistas. “Só quem é empresário sabe o quão difícil tem sido manter as portas abertas diante de tantos percalços econômicos pelos quais o país passa. Como se isso não fosse suficiente, lamentavelmente, ainda estamos tendo que lidar com essa crescente de ataques às lojas”, reclamou o dirigente sindical.
PERÍCIA
O delegado regional Helton Cota Lopes informou ao Sindcomércio, na manhã desta quarta-feira, que uma equipe da Polícia Civil, formada por investigadores e um perito, compareceria à Rock Point para as medidas de praxe. “Já estamos investigando o caso para tentar, o quanto antes, prender os autores e apreender os materiais que foram levados. Essa é a nossa função, enquanto a Polícia Militar faz o policiamento preventivo e ostensivo, inibindo a ocorrência do crime”, ressaltou Helton Cota.
O CRIME
Segundo Glaucos Otoni Cardoso de Abreu Júnior, o Juninho, dono das lojas Rock Point, os marginais usaram um automóvel Gol, cujo modelo ficou conhecido como “bola”. Duas pilhas de camisetas G foram levadas, mas o prejuízo, considerando os dias que a empresa não funcionará e a substituição da porta de aço e da vitrine, pode ultrapassar os R$ 20 mil. “Enquanto não estiver tudo ‘ok’ com a loja, também precisarei pagar um vigilante”, diz o empresário, que continua: “A PM esteve na loja ainda durante a madrugada, fez o boletim de ocorrência e levou as filmagens. Os policiais estão bem empenhados em dar uma resposta à população e prender quem atacou a Rock Point, pois sabem que se trata de um crime de repercussão, que deixa empresários e consumidores amedrontados.”
Qualquer informação sobre o paradeiro dos bandidos ou dos produtos roubados pode ser repassada, de maneira anônima, ao disque-denúncia 181.
