Policia

Assassino de PM volta a júri por outra morte

Timirim durante julgamento, em abril; acusação agora é de assassinar, por engano, Gefter Geiel (detalhe)

IPATINGA
– O soldador Wesley Neves Santos Silva, o Timirim, 28, volta a se sentar no banco dos réus nesta sexta-feira (23). Ele será levado a julgamento pelo assassinato de um rapaz de 18 anos ocorrido em 25 de julho de 2011 no bairro Industrial, em Santana do Paraíso.

O crime teve como vítima Gefter Geiel Santana de Araújo. De acordo com as investigações da época, o rapaz foi assassinado por engano por volta das 22h em uma praça da rua Um.

O alvo do homicídio seria um desafeto de Anderson Márcio Barbosa Pagung, apontado como o mandante do crime. O homem teria contratado Wesley Neves para cometer o crime.

TIROS CRUZADOS
“Segundo apurado, o autor Anderson Márcio Barbosa, conhecido como Derson, mentor intelectual do delito, firmou um pacto com o autor Wesley Neves Santos Silva para que este matasse Generson Fernandes da Silva, com quem tinha desentendimentos referentes ao tráfico de drogas. Em troca disso, Anderson Pagung mataria outra pessoa a pedido de Wesley Santos”, diz trecho da denúncia.

No dia do fato, contudo, Timirim teria se enganado e confundido os alvos, alvejando Gefter, que saía da casa da namorada. Segundo o inquérito, pelo menos dez tiros foram disparados contra o rapaz, sendo que cinco o atingiram no tórax, costas e em uma das pernas. A Polícia Militar informou que o jovem não tinha passagens.

O Ministério Público pede que Timirim seja condenado pelos crimes de homicídio qualificado com pena que poderá chegar até 30 anos de prisão. A sessão desta sexta será presidida pela juíza da 1ª Vara Criminal Ludmila Lins Grilo e terá como representante da acusação, o promotor Francisco Ângelo. Oito testemunhas foram arroladas para prestar esclarecimentos sobre os fatos.

CONDENADO

Timirim será novamente levado a júri popular após ter sido condenado, em abril, a 19 anos e três meses de prisão, em regime fechado, pelo assassinato do cabo da Polícia Militar Amarildo Pereira de Moura.

Wesley foi considerado culpado pelo crime ocorrido em fevereiro de 2013. O cabo foi executado em uma tocaia no bairro Bom Pastor, também em Santana do Paraíso. Além dele, também foram condenados à prisão Wesley Cândido Drumond, o “Caneco” e Daniel Watson Costa Siqueira, cúmplices de Timirim no caso.

Nesta quarta-feira (21) a Justiça recebeu o recurso da defesa de Timirim contra a condenação no caso do cabo Amarildo. Entretanto, o réu não obteve o direito de recorrer em liberdade e aguardará a decisão preso na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba, onde se encontra atualmente.

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com