Cidades

Alunos fazem prova da OAB no escuro

Eduardo Figueredo comentou que o mais correto seria a realização de um novo exame      (Crédito: Nadieli Sathler)


IPATINGA
– Os acadêmicos de Direito que no último domingo (16) fizeram as prova da 1° etapa do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Ipatinga tiveram que concluir a avaliação no escuro. Isso porque houve queda de energia no bairro Horto e o local de prova, Faculdade Pitágoras, ficou sem luz depois das 17h.

Após o exame, os bacharéis foram para as redes sociais reivindicar o cancelamento da prova, já que a maioria se diz prejudicado por não ter conseguido preencher corretamente o gabarito ou mesmo finalizar a leitura das últimas questões. A elaboração e distribuição das provas foi feita pela Fundação Getúlio Vargas.

“Sabemos que a OAB, FGV, aplicadores e coordenação não têm culpa. Mas nós bacharéis e estudantes de Direito também não somos culpados pela falta de energia, sobretudo porque somos os únicos prejudicados. A partir das 17h, quando a luz acabou, foi impossível retomar a concentração devido ao tumulto, reclamações, falta de informação. Enfim, tudo que não poderia acontecer durante uma prova. Foram quebradas todas as regras previstas no edital”, publicou Miriele Rodrigues, no seu perfil do Facebook.

Ela comentou ainda que houve conversas paralelas e troca de informação sobre as questões da prova. Os aplicadores chegaram a usar celulares para fornecer iluminação aos alunos a fim de resolver as questões.

Paula Mariana é uma das candidatas que pede a realização de um novo teste. Ela concluiu o curso de Direito agora no segundo semestre e não fez uma boa prova pelas condições. “A falta de luz no momento da prova prejudicou todos que estavam lá. Não conseguíamos enxergar nada, fomos privados de ir ao banheiro ou beber água, somente após muito tempo sem energia é que os fiscais arrumaram uma pseudo solução, mas aí o caos já estava instalado, e uma prova que já é naturalmente tensa, ficou pior após o ocorrido”, reclamou.

No Blog Exame de Ordem, de Maurício Geiseler, uma candidata identificada como Andreza Grossi relatou que acionou a Polícia Militar para confeccionar um Boletim de Ocorrência. “Saí do local de prova às 19h15 e liguei para a polícia para confecção de um BO. Fui informada que não poderia ser enviada uma viatura ao local, pois ali não teria ocorrido nenhum crime”, declarou.

SUBSEÇÃO IPATINGA
Eduardo Figueredo, presidente da Subseção da OAB de Ipatinga, declarou na tarde de ontem (17) que todos os imprevistos ocorridos durante a aplicação do teste foram registrados em ata.
O documento foi encaminhado pela coordenação da FGV para posteriores providências. Até que a organização do exame não notifique o problema à OAB Federal, nada pode ser feito.

“Encontramos em contato com a FVG e procedemos conforme fomos orientados. Além disso, comuniquei o fato ao Secretário-Geral da OAB Nacional e a opinião dele é que aconteça um novo exame, uma vez que houve prejuízos. Essa também é a posição do Luiz Cláudio, que preside a OAB Minas Gerais, e a minha. Mas tem que aguardar a deliberação final das instancias superiores”, alegou Figueredo.

DUQUE DE CAXIAS
O Conselho Federal da OAB decidiu reaplicar o exame da 1° fase da ordem para 686 estudantes de Duque de Caxias em fevereiro deste ano, em função da queda de energia no Colégio Futuro Vip. A informação divulgada foi que apenas os alunos reprovados no teste é que refizeram a primeira etapa da avaliação.

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