Cidades

Ação policial desbloqueia a entrada da Prefeitura

Ferido é atendido, ainda na porta da Prefeitura, pelo SAMU: cães utilizados na ação policial causaram os ferimentos   (Fotos: Nadieli Sathler)

 

IPATINGA – A intenção de bloquear as entradas do prédio da Prefeitura de Ipatinga durante todo o dia de ontem pelos manifestantes acabou sendo frustrada pela Polícia Militar. A interdição, iniciada por volta das 7h, acabou cerca de meio dia, em função da ocupação da entrada de acesso ao edifício da rua Edgar Boy Rossi pelos militares.
A versão da coordenação do ato público foi que, em função da ameaça de invasão por parte da PM, os manifestantes se aglomeraram na porta que dá acesso à Praça dos Três Poderes para impedir a ação.
Após isso, a outra porta do prédio interditada ficou vulnerável e os militares acabaram se dirigindo para lá. Ao encontrar resistência dos participantes do protesto, os policiais, acompanhados de dois cães, entraram em confronto.
Três pessoas foram feridas pelo cão policial e um homem foi preso por agredir um tenente da corporação. Os machucados foram atendidos por uma ambulância do SAMU ainda no local e encaminhados para o Hospital Municipal.
As informações colhidas pela reportagem são de que o prefeito Robson Gomes (PPS), apesar de não comparecer ao Centro na parte da manhã, pediu via telefone para que a PM desarticulasse o movimento e evacuasse a Praça dos Três Poderes. A mesma solicitação foi feita pelo secretário interino de Educação, Amaury Gonçalves.

TUMULTO
Contudo, o tenente-coronel Francisco Assis, comandante do 14° Batalhão da PM, garantiu que a presença dos policiais era para dar segurança aos manifestantes. “Só que houve um princípio de tumulto quando os militares foram entrar no prédio, para conversar com os representantes da Prefeitura. A intenção da PM era intermediar uma conversa entre os manifestantes e a administração, como fazemos em situações semelhantes à ocorrida”, declarou.
O comandante ainda disse que a reação violenta do cachorro foi em função de chute que o animal teria levado no momento do tumulto, sendo necessário encaminhamento para o médico veterinário do canil.
“Foi negociada a entrada dos servidores no prédio junto à coordenação do movimento. Mas, na hora que os militares foram adentrar, houve dificuldade e foi necessário conter os ânimos. Os manifestantes estavam impedindo o direito de ir e vir dos trabalhadores e isso estava errado”, justificou.

TRUCULÊNCIA
Feliciana Saldanha, presidente do Sind-UTE, disse que a força policial era desnecessária, uma vez que a entrada dos servidores já havia sido negociada. “Foi uma ação truculenta. A porta seria aberta e não precisava dessa ação. Tudo foi feito para desviar o foco do movimento e principalmente para agredir sem que houvesse testemunhas. Ninguém assume a paternidade do ato e vamos protocolar uma representação junto à corregedoria da Polícia Militar”, informou.


Os manifestantes fecharam a porta da Prefeitura e impediram a entrada dos servidores comissionados na Prefeitura

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