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Zoológico da Usipa recebe duas lobas-guará

IPATINGA – O Centro de Biodiversidade da Usipa – Cebus ganhou duas novas moradoras. Lobinha e Tíbia, como foram batizadas pela equipe do Cebus, são duas lobas-guará (Chrysocyon brachyurus) que foram trazidas ao zoológico por não terem condições de retornarem ao habitat natural.
As duas lobas apesar do mesmo destino têm origens e histórias diferentes. A Lobinha é a mais velha entre as duas, tem nove anos. Ela foi transferida do CETAS da Universidade Federal de Viçosa, pois a antiga casa foi transformada em centro de pesquisa e agora permanecem apenas os animais que são analisados. A loba é bem mansinha, pois nasceu e foi criada em cativeiro. Por ser muito domesticada ela não sobreviveria sozinha na mata e foi trazida para o Cebus para viver em um local adequado para a sua sobrevivência.

TÍBIA
Já a Tíbia tem aproximadamente a idade de quatro anos que, se comparada à idade humana seria por volta de 35 anos. Ela veio do CETAS do Instituto Estadual de Florestas – IEF, localizado em Juiz de Fora e tem uma história um pouco mais triste. Ela foi atropelada e sofreu uma fratura na tíbia que foi preciso colocar uma platina para a recuperação da pata, por isso o nome. A loba não poderia ser solta, pois em épocas de frio o animal sente mais dor no local fraturado e isso poderia comprometer a sua vida em liberdade.
Segundo o Veterinário do Cebus, Lélio Costa e Silva, os exames com as lobas já foram realizados e a saúde de ambas está muito boa. “Elas estão se alimentando muito bem e fazendo caminhadas pelo recinto. Estão se adaptando excelentemente!”, afirma Lélio.

ACASALAMENTO
Nessa quinta-feira (17) a Usipa receberá mais um lobo da mesma espécie para fazer companhia à Tíbia. O animal que nasceu e cresceu em cativeiro, será encaminhado do Zoológico de Alfenas para tentativa de pareamento e reprodução. Há anos o Cebus participa de um esforço nacional para a reprodução da espécie em cativeiro.

FAUNA SEM LAR

As lobas pertencem ao Programa de Reabilitação da Fauna Sem Lar desenvolvido pelo Centro de Biodiversidade da Usipa, juntamente ao Instituto Estadual de Florestas, Polícia de Meio Ambiente e ARPAVA – Associação de Proteção Ambiental do Vale do Aço. O projeto tem o objetivo de receber, tratar, medicar e reabilitar animais da fauna local provenientes de apreensões, doações voluntárias ou maus tratos trazidos pela Polícia Ambiental e IEF.

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