Cidades

Volta às aulas com atraso na rede estadual

IPATINGA – Os cerca de 2,1 milhões de alunos da rede estadual de ensino, divididos nas 3,6 mil escolas distribuídas nos 853 municípios mineiros, começarão o ano letivo com 15 dias de atraso. Isso porque o Governo do Estado editou, no último dia 5 de janeiro, nova resolução determinando a mudança da data. Inicialmente, conforme já vem ocorrendo nos anos anteriores, a previsão era de os estudantes retornarem às salas de aula no próximo dia 5. Com a nova determinação, a retomada acontecerá apenas no dia 19 de fevereiro.

PREJUÍZOS

Para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), a medida, unilateral, traz inúmeros prejuízos não apenas à categoria mas também ao planejamento do ano escolar bem como às atividades pedagógicas. Para discutir a situação, o Sind-UTE/MG, subsede de Ipatinga, acompanhando a mobilização em nível estadual, realiza nesta terça-feira (16) uma plenária com a categoria para debater a questão. O encontro está previsto para as 16h, no Salão Paroquial São Sebastião, em Coronel Fabriciano.
Além do transtorno causado aos pais dos estudantes, que se programam durante o período de férias e muitas vezes não têm com quem deixar os filhos, pois trabalharam fora, os professores designados também terão prejuízos financeiros. Isso porque com o adiamento do ano letivo, o primeiro salário será pago apenas em abril. “Essa perda da categoria se soma ao absurdo e incoerente parcelamento do 13º salário dos professores, privilegiando uns em detrimento da educação, que mais uma vez paga a conta do desequilíbrio das contas públicas”, afirma Jodson Sander, coordenador da subsede de Ipatinga.

GESTÃO
Outro grave problema está na gestão democrática e no desrespeito à construção realizada pela comunidade escolar e professores no ano passado. Isso porque o calendário queprevia o início do ano letivo para 1º de fevereiro, foi construído, democraticamente, no âmbito de cada unidade de ensino, com a participação de pais, alunos, professores e comunidade, adequando a realidade de cada município aos parâmetros divulgados pela Secretaria Estadual de Educação, considerando as especificidades e adequando as necessidades de cada escola para um melhor desempenho.
“E o pior é que o motivo do governo é justamente economizar no custeio da máquina pública, às custas da educação. O Governo do Estado quer economizar em merenda e em transporte escolar. Mais uma vez sacrifica a educação”, conclui Jodson, convidando toda a rede para participar do encontro desta terça-feira (16).

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