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Vereadores criticam aumento da tarifa de ônibus em Ipatinga

IPATINGA – O reajuste de 10,52% nas passagens de ônibus em Ipatinga, que aumentou o preço da tarifa de R$ 3,80 para R$ 4,20, anunciada no último dia 5, foi alvo de duras críticas na reunião desta segunda-feira na Câmara Municipal. O vereador Gustavo Nunes leu dois requerimentos ao Executivo solicitando que sejam apresentados à Câmara os cálculos que justificaram o reajuste e outro requerimento de audiência pública para que o secretário de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Agnaldo Bicalho, explique o aumento.

A vereadora Lene Teixeira (PT) lembrou que outros requerimentos sobre o aumento já foram solicitados, mas não chegaram ao Legislativo. “Os dados de que dispomos apontam o quão abusivo foi este aumento. Ninguém que entra num ônibus em Ipatinga admite que seja o justo o preço que se paga, porque nada aumentou na mesma proporção”, afirmou.

MUITO AUMENTO

Ela disse ainda que o empobrecimento da população, cada vez mais acentuado, exige que os administradores públicos tenham um pouco mais de humanidade com aqueles que mais necessitam. Lene enumerou os aumentos no IPTU, Taxa de Limpeza, cobrança do estacionamento rotativo, taxa de localização e outros impostos e tributos municipais que estão tornando insustentável a vida do cidadão ipatinguense, além de reduzir de maneira significativa sua renda.

IMPROBIDADE

Já o presidente da Câmara, Jadson Heleno, criticou a qualidade do transporte coletivo na cidade, lembrou a falta de linhas em vários bairros e também reclamou da falta de resposta do governo aos requerimentos feitos pela Câmara. “Já se passaram mais 60 dias desde que foram feitos os requerimentos solicitando informações sobre o transporte coletivo e nenhuma resposta foi dada até hoje. A Prefeitura sequer solicitou uma dilação de prazo. É uma situação que pode incorrer em improbidade administrativa”, frisou.

SÓ LUCRO

Jadson reclamou da falta de linhas dos coletivos que saem dos bairros Bethânia, Esperança, Bom Jardim, Nova Esperança, passando pelo Hospital Municipal, COR e UPA. Disse que existe déficit de ônibus à noite e vários bairros das partes altas da cidade não estão sendo atendidos pelo transporte coletivo.

“A Saritur só visa lucro. As pessoas que precisam de transporte nos bairros mais distantes tem que se locomover de mototáxi, Uber ou a pé”, disse o presidente da Câmara. Ele ironizou a contrapartida da empresa de instalar wi-fi nos ônibus após o reajuste: “Costumo dizer que wi-fi não sobe morro”, alfinetou.

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