Cidades

Vereadores apontam problemas estruturais em obra da UPA 24h

IPATINGA – Acompanhados do presidente do Conselho Municipal da Saúde, José Lameira, do presidente Conselho Municipal de Orçamento, Elianderson Lima, os vereadores Leo Escolar e Ley do Trânsito, assessorados pela engenheira civil e analista técnica da Câmara Municipal de Ipatinga, Shirley Melo Maciel, fizeram na tarde desta sexta-feira uma visita de fiscalização nas obras da Unidade de Pronto Atendimento de Ipatinga.

A unidade hospitalar, que será inaugurada no próximo dia 14, que demandou investimento total da ordem de R$ 7 milhões, sendo R$ 5 milhões do governo estadual e R$ 2 milhões do governo federal, está com a obra na fase final de acabamento. A comitiva fez uma avaliação das condições da pintura interna e externa, das instalações internas, como banheiros, pias, pisos, portas, janelas e armários, já devidamente instalados no prédio.

DENÚNCIA

“Recebemos uma denúncia dos presidentes dos dois Conselhos municipais de que estariam sendo utilizados nesta obra materiais fora das especificações técnicas do projeto. A unidade foi construída com recursos estaduais e federais, mas a administração e fiscalização da obra é de responsabilidade da Prefeitura de Ipatinga. Por isto mesmo, na condição de agentes fiscalizadores, não poderíamos nos omitir diante de denúncias tão graves. Sinceramente, fiquei extremamente preocupado com o que vi. Mas precisamos primeiro receber da Prefeitura o projeto original da obra e o memorial descritivo dos materiais a serem utilizados, que solicitaremos já na segunda-feira, em caráter de urgência, para que a engenheira da Câmara possa realizar uma análise e nos apresentar um relatório final informando se a obra foi realizada com materiais que atendem às especificações técnicas ou se houve utilização de material inadequado, fora dos padrões”, destacou o presidente da Câmara de Ipatinga, Ley do Trânsito.

FORA DE PADRÃO
O vereador Léo Escolar salientou que fiscalizar é uma das funções precípuas do vereador e que dela não abre mão. “Eu trouxe comigo um funcionário do meu gabinete que é técnico em pintura, um profissional especializado, que está indignado com a qualidade das tintas utilizadas, principalmente na parte interna. Segundo ele, totalmente fora dos padrões exigidos no projeto, e também dos exigidos pela Anvisa. Estamos falando de uma unidade hospitalar, isto não é brinquedo. Ainda não temos um laudo técnico, mas a má qualidade do material utilizado aqui salta aos olhos”, desabafou o vereador.

DESPERDÍCIO

Para o presidente do Conselho Municipal da Saúde, José Lameira, a situação encontrada é muito preocupante. “Não podemos deixar que o dinheiro público seja aplicado de forma incorreta e irresponsável. Fiquei extremamente preocupado com o que vi e acredito que não haverá tempo para as devidas correções antes da inauguração. Estamos tratando de saúde pública, de vidas humanas. Com isto não se brinca. O que estamos vendo aqui beira a irresponsabilidade”, enfatizou.

O presidente do Conselho Municipal do Orçamento, Elianderson Lima, se mostrou indignado com o que viu durante a vistoria. “Estamos vendo aqui um exemplo de falta de compromisso com o dinheiro público. É um absurdo. Material de baixa qualidade, vários remendos em uma obra que ainda nem foi entregue, uma pintura totalmente fora dos padrões, com tinta de baixíssima qualidade”, desabafou.


Detalhe de uso de silicone para corrigir falha na instalação da bancada de inox, que tem outros defeitos
(Fotos: Divulgação)

 

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