Cidades

Usiminas propõe manter tabela de revezamento de turno atual

De acordo com a empresa, na atual crise da siderurgia brasileira, o turno de revezamento de seis horas seria economicamente inviável

IPATINGA
– Em reunião realizada ontem (4), a Usiminas apresentou aos três sindicatos com os quais está negociando, Senge, Sindipa e Sintec, sua proposta para o Acordo de Turno 2016. A empresa propôs manter a atual tabela de revezamento com turno de oito horas, que só pode continuar em vigor mediante acordo com os trabalhadores.  

A Usiminas se dispôs durante os encontros com os sindicatos a avaliar qualquer nova tabela de turno apresentada, mas ressaltou que só poderia aceitar propostas que obedecessem à legislação vigente e não diminuíssem o volume de horas trabalhadas semanalmente. Os sindicatos já enviaram opções e a empresa está estudando quais obedecem a essas premissas e poderiam ser viáveis.
 
NOVO ACORDO
O acordo de turno em vigência na Usina de Ipatinga, firmado em 2014, vence no dia 31 de março deste ano. Até lá, empresa e trabalhadores precisam assinar um novo acordo ou a companhia fica legalmente obrigada a implantar um dos turnos previstos na legislação trabalhista. As opções previstas em lei são o turno fixo de oito horas, no qual cada trabalhador é designado para um horário de trabalho sem rodízio entre manhã, tarde e noite; e o turno de revezamento de seis horas, no qual o empregado poderá trabalhar cada dia em um horário diferente conforme determinação da empresa.

Na atual crise da siderurgia brasileira, o turno de revezamento de seis horas seria economicamente inviável. Para a implantação deste sistema, a Usina de Ipatinga teria que inflar seu efetivo em 25%, justamente quando a demanda por aço se encontra em seu nível mais baixo. O consumo de produtos siderúrgicos no Brasil despencou 16,7% em 2015 em relação a 2014 – que, por sua vez, já havia sido 6,8% menor do que em 2013. Para este ano a previsão é ainda pior: queda de 5% em relação ao ano passado. Em função disso, a Usina de Ipatinga está operando com um de seus três altos-fornos paralisado. Nesse cenário, a opção da Usiminas caso não ocorra o acordo com todas as categorias até o dia 31 de março, será adotar o turno fixo, conforme obrigação legal.

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