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Usiminas fecha acordo com bancos para pagar dívida em dez anos

SÃO PAULO – A Usiminas fechou um acordo de refinanciamento com bancos brasileiros, o BNDES e debenturistas em que obteve prazo de 10 anos, com 3 anos de carência, para pagamento de 75 por cento de sua dívida total, informou a produtora de aços planos nesta quarta-feira.

A aceitação dos credores, que incluem Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, está condicionada à confirmação do aumento de capital de 1 bilhão de reais da empresa.
As ações da Usiminas, que tem dívidas de cerca de 6,4 bilhões de reais vencendo entre 2016 e 2019 e encerrou o primeiro trimestre com 1,7 bilhão de reais em caixa, disparavam após o anúncio. O papel preferencial tinha alta de 13,2 por cento às 13:08, enquanto a ação ordinária mostrava valorização de quase 11 por cento.

AUMENTO DE CAPITAL
A Usiminas não informou eventuais outras condições que os credores impuseram para a concessão dos prazos, por restrição imposto por acordos de confidencialidade. A companhia informou apenas que a homologação do aumento de capital de 1 bilhão de reais deve ocorrer até 22 de julho para que o refinanciamento seja confirmado.
Porém, fonte bancária afirmou que os termos do acordo com os bancos preveem aumento do custo do dívida por conta do alongamento do prazo.

Analistas do BTG Pactual liderados por Leonardo Correa afirmaram em relatório a clientes que o refinanciamento "dá a Usiminas três anos de tempo precioso" e que o valor das ações da empresa estava incluindo um componente de desconto baseado no risco financeiro da siderúrgica, algo que "será reconsiderado pelos investidores".
"A probabilidade de estresse financeiro está agora materialmente reduzida após os recentes eventos", que incluem o aumento de capital, afirmaram os analistas.

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