Vida & Saúde

Unimed alerta para excesso de radiação

O médico Filipe Maia alerta para os cuidados com os exames de imagem

FABRICIANO
– Inspirado por um projeto pioneiro desenvolvido pela Unimed do Brasil, a Unimed Vale do Aço abraçou a campanha de radioproteção infantil. O objetivo é alertar sobre os riscos no excesso de exames de imagem. Não há dúvidas que os exames de raios-x e tomografia computadorizada são grandes aliados no diagnóstico por imagens.
Mas, o que muitos pais e familiares desconhecem é que essas ferramentas devem ser utilizadas com precaução, evitando a exposição desnecessária ou excessiva à radiação.

Os raios-x são feixes invisíveis de radiação que passam através do corpo para criar uma imagem dos ossos, órgãos e estruturas internas do corpo. Diariamente, somos expostos à radiação natural que é encontrada no meio ambiente, nos alimentos, na água, no solo e em formas naturais de energia como o petróleo e o gás.

PROTEÇÃO

Não dá para negar os benefícios dos exames de imagem, mas segundo o médico Filipe Maia Torres Alves, pediatra cooperado da Unimed Vale do Aço, e gestor da clínica São Judas Tadeu, é preciso ficar atento à proteção radiológica, que visa a orientar e resguardar, principalmente as crianças da exposição à radiação. “A orientação da American College of Radiology, mostra que os exames têm que ser usados de forma comedida, para que o risco compense o benefício. Radiação traz risco”, disse o médico que alerta sobre a importância do diagnóstico clínico.

“É importante deixar claro que as principais análises são a história e o exame físico. Em muitos casos não há indicação da realização de exames de imagem. Se após o exame clínico o médico assistente achar necessário ele pedirá o exame indicado e coerente com o que ele quer que seja investigado. Isso vale para pacientes adultos e pediátricos”.

Desse modo, é indicado realizar esses exames apenas em casos indispensáveis. Segundo especialistas, fazer um raio-x só para ter certeza do diagnóstico é expor o paciente a uma dose de radiação desnecessária. O efeito dos raios varia de pessoa para pessoa, mas ela atua diretamente na célula e pode alterar seu desenvolvimento. “Por serem mais sensíveis, os cuidados com as crianças precisam ser ainda maiores, mas isso não muda o fato de que os adultos também estão correndo risco”, ressaltou Filipe. Outro ponto importante é saber que a dose da radiação também tem que ser adequada. Para um bebê recém-nascido é diferente de uma criança de cinco anos, por exemplo.

SEM REPETIÇÃO
De acordo com os médicos, os responsáveis pelo exame precisam estar muito bem treinados para realizá-los de maneira adequada, com a dose certa e com base na patologia da criança. Se todas essas orientações forem cumpridas, a chance de a criança ter que repetir o procedimento é menor.

Em muitos casos o diagnóstico não depende exclusivamente da radiografia. É possível substituí-la por outros testes, que podem fazer uma boa avaliação sem emitir radiação. “Existe um mito, não só com exames de imagem, que diz que quando o resultado do exame está normal é sinal que está tudo bem com o paciente e isso não é verdade. O exame clínico é fundamental e na maioria das vezes ele é suficiente para definir o diagnóstico do paciente”, finalizou Dr Filipe.

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