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Timóteo foi a cidade que mais gerou empregos, aponta Caged

O presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes, atribui queda no comércio à crise vivida por indústrias da região (Crédito: Emmanuel Franco)


TIMÓTEO
– A cidade de Timóteo foi a que teve o melhor desempenho na geração de empregos no mês de outubro deste ano, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A contagem foi feita em municípios do Estado com mais de 30 mil habitantes, e Timóteo aparece em 47º lugar.
No Vale do Aço, o desempenho da cidade se destaca se comparado ao de Coronel Fabriciano, que figura em 70º lugar, e Ipatinga, na posição 99 do ranking.

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no acumulado de janeiro a outubro deste ano, Timóteo gerou 526 novos postos de trabalho, sendo o setor da construção civil a maior fonte de empregos, com 256 vagas. A indústria de transformação, que inclui, entre outros, a metalurgia e a mecânica, também teve um bom desempenho na capital do inox com um saldo positivo de 239 admissões ao longo dos 10 meses.

O setor de serviços também fechou o período com saldo positivo de 126 vagas geradas na cidade, mas o comércio da Timóteo teve o pior desempenho entre todos os setores, registrando saldo negativo de 106 postos.
O cargo de vendedor do comércio varejista foi o que sofreu mais baixas: 511 demissões contra 466 admissões, resultando em um saldo negativo de 45 postos. As funções de operador de caixa, auxiliar de escritório, repositor e carregador também tiveram quedas significativas, fechando o período no vermelho.

CORONEL FABRICIANO

Mesmo com o bom desempenho de Timóteo no mês de outubro, é Coronel Fabriciano que aparece no topo da lista de geração de empregos nos 10 primeiros meses deste ano, com saldo de 723 vagas criadas. O setor de serviços, que contratou, sozinho, 766 pessoas, foi o grande responsável pelo destaque da cidade no índice. As profissões mais requisitadas na área foram a de auxiliar de escritório geral, servente, técnico de enfermagem, agente de saúde, assistente administrativo e professor. A média dos salários pagos no setor de serviços é de R$ 1.036,67.

O desempenho da categoria em Fabriciano, no entanto, foi puxado para baixo pela construção civil e agropecuária, que terminaram outubro com 133 postos fechados. Já a indústria da transformação teve um saldo positivo tímido: 89 contratações. O comércio se manteve praticamente estável na cidade.
Santana do Paraíso também apresentou um saldo positivo de 177 vagas no acumulado dos meses. Na cidade, a indústria da transformação gerou 243 novos postos de trabalho, e a construção civil 33. O comércio de Santana foi o que registrou o melhor desempenho entre as quatro cidades do Vale do Aço, com 35 novas vagas.

O que freou o crescimento dos empregos no município foi o setor de serviços industriais de utilidade pública, que inclui agentes, assistentes e auxiliares administrativos, dirigentes do serviço público e trabalhadores nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza e conservação de áreas públicas. A categoria teve uma queda de 166 postos de trabalho e, junto com a agropecuária, que teve saldo negativo de 25 vagas, fez com que a cidade ficasse em terceiro lugar, no Vale do Aço, no ranking da geração de empregos.

COMÉRCIO
Para o presidente do Sindicato do Comércio do Vale do Aço (Sindcomércio), José Maria Facundes, o fraco resultado do setor na região se deve a uma crise internacional e também regional, que vem gerando uma cadeia de prejuízos no Vale do Aço. Ele explica que as indústrias da região vêm demitindo funcionários e, como consequência, empresas prestadoras de serviços também demitem, o que reflete diretamente no comércio.

José Maria prevê que os efeitos da onda de demissões na indústria serão vistos com mais força no mês de março do ano que vem e que nem mesmo as contratações de fim de ano no comércio serão suficientes para barrar os efeitos da crise. Mas ele ressaltou a importância do comprometimento e da qualificação dos trabalhadores que ocupam vagas temporárias nas empresas afirmando que, mesmo com a redução nos quadros de funcionários, quem estiver mais bem preparado conseguirá se manter empregado.


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