Policia

Timirim é novamente condenado por homicídio

Timirim durante sessão do júri nesta quarta-feira: condenado à prisão e pagamento de multa por assassinato de Gefter Geiel (detalhe)

IPATINGA
– O soldador Wesley Neves Santos Silva, o Timirim, foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de um jovem, ocorrido em 2011, no bairro Industrial, em Santana do Paraíso. A sentença foi proferida após julgamento do acusado, realizado nesta quarta-feira (11), no Fórum de Ipatinga.
Timirim foi acusado de matar Gefter Geiel Santana de Araújo, 18 anos. De acordo com as investigações da época, o rapaz foi assassinado por engano por volta das 22h do dia 25 de julho em uma praça da rua Um.

Segundo o inquérito, o jovem foi morto por engano. O alvo do atentado seria um desafeto de Anderson Márcio Barbosa Pagung, apontado como o mandante do crime. O homem teria contratado Wesley Neves para cometer o homicídio.
Wesley foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio qualificado. A defesa ficou a cargo do advogado Elizeu Borges Brasil, enquanto o promotor Francisco Angelo representou a acusação. O juiz Luiz Flávio Ferreira presidiu a sessão, que durou cerca de oito horas.

De acordo com a sentença, o crime foi praticado com premeditação. “Não se tratou de crime de momento , agindo o sentenciado (Wesley) de forma arquitetada e com determinação consciente quanto à ação criminosa, sendo que foram efetuados dez disparos contra a vítima, que foi alvejada cinco vezes”, diz parte do texto.
Contra Wesley, pesaram as agravantes de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e ainda reincidência – Timirim já possui uma condenação por crime contra a vida e responde a mais um processo de homicídio na comarca de Ipatinga.

DESAJUSTADO

Em abril passado, Wesley Neves havia sido condenado também a 19 anos de prisão pelo assassinato do cabo da Polícia Militar Amarildo Pereira de Moura, crime ocorrido em fevereiro de 2013.

Segundo as investigações da época, Timirim teria planejado a morte de Amarildo para se vingar do assassinato de seu pai, crime em que o cabo estaria supostamente envolvido. Além do soldador, outros dois cúmplices também foram penalizados pelo homicídio: Wesley Cândido Drumond, o “Caneco” e Daniel Watson Costa Siqueira, condenados a, respectivamente, 16 e 12 anos de prisão.

Na sentença do julgamento desta quarta-feira, a personalidade de Timirim é definida como “desajustada do meio social, uma vez que voltada para a prática de crimes”. O réu também foi condenado a pagar uma multa de R$ 20 mil para os herdeiros da vítima e não teve concedido o direito de recorrer em liberdade.

TESTEMUNHA PRESA
Durante o julgamento de Timirim, uma das oito testemunhas arroladas no processo acabou presa, suspeita de falso testemunho. Segundo a acusação do Ministério Público, o homem, que deporia em favor do réu, teria sido “plantado” para forçar um álibi.

O suspeito foi conduzido pela Polícia Militar até a delegacia regional de Ipatinga e poderá responder a processo pelo crime.

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