Policia

Testemunhas de crime permanecem em silêncio

Crime ocorrido em uma residência na rua Tucumã, no Vila Militar, deixou os irmãos da vítima bastante abalados

 

IPATINGA – Dois irmãos, um adolescente de 13 anos e uma criança, continuam sendo as principais testemunhas oculares do assassinato de um jovem na semana passada. Aquiles Martins dos Santos, 18 anos, o “Biquin”, foi executado enquanto tomava banho na última quinta-feira (30), na rua Tucumã, no bairro Vila Militar.
A polícia ainda não conseguiu identificar os autores do crime. O que se sabe até o momento é que dois indivíduos, um deles armado, invadiram a casa da vítima e perguntaram ao adolescente onde estaria Aquiles. Com medo, o garoto disse que o irmão estava tomando banho. As crianças foram amparadas por uma vizinha que ouviu os estampidos e correu até a residência para ver o ocorrido. Os menores foram encontrados aos prantos, segundo relatou a mulher.
Na manhã de ontem, em uma entrevista concedida à rádio Vanguarda, familiares disseram que nenhum dos dois meninos possui condição de falar sobre o assunto e tampouco reconhecer os assassinos de Aquiles. A irmã deles, que pediu para não ser identificada, contou que desde o crime o adolescente de 13 anos não dorme e não consegue se alimentar. “Eles estão tão transtornados que nem para a gente conseguem falar. O mais velho sempre repete a mesma coisa e diz que os assassinos entraram vestidos com roupas pretas e encapuzados. A gente pede a Deus que alivie um pouco dessa dor. O adolescente não come e o pequenininho só sabe chorar”, disse a mulher.

DROGAS
Aquiles saiu recentemente da cadeia, e estava em liberdade condicional. A família chegou a relatar à polícia que o rapaz andava com medo e que ultimamente fazia uso de crack. A versão foi confirmada pela irmã. Ele disse que sempre aconselhou Aquiles a sair do mundo das drogas. “Eu falo que o mundo das drogas é isso. Aquiles era muito trabalhador e não sei qual o motivo deles terem matado meu irmão. Eu mesma já cheguei a perguntar se ele devia alguma coisa. Mas ele era muito calado. A gente está com muito medo, depois que acontece não adianta mais”, lamenta.

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