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Temer tem pior reprovação da história

BRASÍLIA – Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta quinta-feira (27) mostra que o percentual de brasileiros que consideram o governo do presidente Michel Temer (PMDB) ruim ou péssimo é de 70%. Para 21% o governo é regular e para 5%, é ótimo ou bom. Já 3% não responderam.
Esta foi a primeira pesquisa CNI/Ibope realizada após Temer ser denunciado por corrupção pela Procuradoria-Geral da República.

PIOR DE TODOS

O índice de aprovação de Temer é o menor da história das pesquisas do instituto, iniciadas em 1986. Nem a ex-presidente Dilma Rousseff, que atingiu 9% em junho e dezembro de 2015, nem o governo de José Sarney, com aprovação de 7% em junho e julho de 1989, chegaram a níveis tão baixos.
A pesquisa foi feita entre os dias 13 e 16 de julho, com 2 mil pessoas em 125 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Além disso, 83% dos entrevistados informaram que reprovam a maneira de governar do atual mandatário e 87% disseram que não confiam no governo.

COMPARAÇÃO

Os entrevistados também foram questionados para comparar os governos Temer e Dilma. Para 52%, o atual mandatário é pior do que a anterior, outros 11% disseram que é melhor e para 32% é igual.
Na última análise da entidade, feita em março deste ano, 55% dos brasileiros consideravam o governo Temer ruim ou péssimo e 10% consideravam ótimo ou bom.
O estudo do Ibope foi divulgado dois dias após um levantamento do Instituto Ipsos mostrara que 94% dos brasileiros "reprovam totalmente" ou "reprovam um pouco" o governo do peemedebista. Apenas 3% disseram que aprovam "totalmente" ou "um pouco" o mandato. A Ipsos ouviu 1,2 mil pessoas entre 1º e 14 de julho.

SEM NOÇÃO

País está virando a página
da crise, diz mandatário


BRASÍLIA
– O presidente Michel Temer disse nesta quinta (27) que o governo está fazendo “um dever de casa atrasado há muito tempo” e com isso o país está “virando a página da crise”. Em discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente citou a aprovação da reforma trabalhista, do teto para os gastos públicos, as discussões sobre a reforma da Previdência e indicadores da geração de emprego.
“Digo aos senhores que não é por acaso que o Brasil está virando a página da crise. Estamos fazendo um dever de casa atrasado há muito tempo e os resultados estão aparecendo. Temos a inflação que é a mais baixa dos últimos tempos. Os juros ainda ontem caíram a um dígito, coisa que há quatro ou cinco anos não acontecia. E a tendência é cair muito mais”, disse durante discurso na cerimônia de celebração das concessões de aeroportos.
Segundo Temer, esses números positivos na economia são resultados da responsabilidade do governo e da capacidade de superação do povo brasileiro.

EM BRANCO

O presidente ressaltou ainda o apoio e o trabalho nos últimos 60 dias do Senado e da Câmara dos Deputados. De acordo com ele, ainda há muito a fazer como a simplificação tributária e as reformas política e da Previdência. Caso aprove essas reformas, segundo ele, seu governo não terá passado em branco. “Se conseguirmos realizar mais essas três reformas, como conseguiremos, ninguém poderá dizer que passamos em branco nesses dois anos e pouco de governo”, disse.
Na cerimônia, Temer, ministros e empresários celebraram a concessão dos aeroportos de Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Florianópolis. O leilão ocorreu em março e os contratos de concessão serão assinados nesta sexta (28), obedecendo aos prazos previstos. Com a assinatura dos contratos, o governo recebe, à vista, R$ 1,4 bilhão.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Também durante discurso na cerimônia, que teve a participação de parlamentares, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, defendeu a aprovação da reforma da Previdência, que está em discussão no Senado.
“Existe a necessidade imperiosa de fazermos uma reforma na Previdência. Os números mostram, só não vê quem não quer, só não vê quem quer fugir da realidade. Se você pega agora o déficit deste semestre, o que mais contribuiu para ele foi a Previdência. Então, temos que enfrentar”, disse o ministro.

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