BRASÍLIA – Embora ainda não se saiba o resultado da seleção de novos médicos para o preenchimento de vagas do Programa Mais Médicos, depois que Cuba retirou do País mais de 8 mil profissionais em razão das declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o presidente golpista Michel Temer destacou durante encontro com prefeitos, a “rapidez extraordinária” do governo federal em responder às demandas da população. Temer elogiou as novas normas assinadas pelo ministro Gilberto Occhi na segunda-feira.
“O caso dos médicos cubanos foi na semana passada – não passou uma semana, e o ministro Occhi vem tomar providência imediata. E não vai deixar desprovido nenhum município brasileiro, vocês verão que não haverá ausência. [As vagas serão preenchidas] por médicos brasileiros com CRM [Conselho Regional de Medicina] estrangeiro ou estrangeiros com CRM brasileiro”, afirmou.
A afirmação é um tanto precipitada, uma vez que os 8.332 médicos cubanos que estão no País foram os últimos a serem chamados, depois que nenhum médico brasileiro, estrangeiro ou brasileiro com diploma no exterior se candidatou a trabalhar nos locais onde estão os cubanos, normalmente cidades com menos de 20 mil habitantes, distantes dos grandes centros, sem boa infraestrutura e com baixos salários. Para afirmar que a solução teve uma “rapidez extraordinária” é preciso ver antes o resultado do preenchimento das vagas.
