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Taxa de crescimento de Minas foi 2,5 vezes maior que a do Brasil

BH – Dados preliminares sobre o Produto Interno Bruto de Minas Gerais em 2012, divulgados pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro nesta quarta-feira (6), apontam um crescimento da economia mineira da ordem de 2,3%.

De acordo com o estudo, a taxa de crescimento foi impulsionada, principalmente, pelos desempenhos positivos de setores como a agropecuária (4,4%), construção civil (4,4%), serviços da administração pública (3,5%) e produção e distribuição de energia e saneamento (3,1%).

A taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mineiro em 2012 superou em 1,4 pontos percentuais a taxa de crescimento do PIB nacional (0,9%), divulgada no dia 1º de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, o desempenho da economia de Minas foi cerca de duas vezes e meia superior ao registrado no conjunto da economia brasileira.

Segundo o diretor do CEI, Frederico Poley, Minas Gerais teve destaque em setores que, a médio e longo prazos, estão se tornando mais estratégicos em nível mundial, como o agronegócio. “A expansão dos mercados para China e Rússia está demandando cada vez mais alimentos, e Minas se destaca como um grande produtor na agricultura e na pecuária”, afirma.

De acordo com a presidente da Fundação João Pinheiro, Marilena Chaves, o consumo das famílias também tem tido papel importante na expansão do PIB mineiro nos últimos anos.
“O bom desempenho da economia no Estado pode ser observado pela expansão do comércio e da indústria de construção civil. Indicadores interessantes neste contexto confirmam o aumento da produção insumos típicos da construção civil, como tijolos, placas, ladrilhos e cimento, entre outros no estado”, observa.

A performance de crescimento da agropecuária no estado (4,4%, contra queda de 2,3% no país), por exemplo, explica-se pelos bons resultados da agricultura. “A produção de café, cereais e soja impulsionou este resultado. Em 2012, estima-se um aumento em torno de 20% na quantidade (toneladas) de café colhida, em relação ao ano passado”, observa o coordenador de Contas Regionais do CEI, Raimundo Leal.

A construção civil, que também teve crescimento significativo de 4,4% (contra 1,4% no país), está aquecida em Minas Gerais, o que foi corroborado pelo aumento de 5,7% no número de empregados no setor, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Outro setor em que houve diferença no ritmo de crescimento de Minas e Brasil foi o de transportes, com expansão de 2,3% no estado e de 0,5% no país. “Outros indicadores que apontam nesta mesma direção foram o aumento de 3,5% no consumo de óleo diesel em Minas, de 6,4% na quantidade de passageiros nos aeroportos de Confins e Pampulha e de 2,5% no transporte ferroviário de cargas”, explica Leal.

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