Policia

Suspeito de matar cabeleireira se entrega

Fotos: Arquivo Pessoal

FACRICIANO – Um rapaz de 19 anos, suspeito de matar a cabeleireira Mariza Gonçalves Fialho, de 33 anos, se apresentou nesta quinta-feira (29) na delegacia de Coronel Fabriciano. Jose Viana Silva Neto, o “Vianinha”, de 19 anos, estava acompanhado do advogado Antônio Carlos Cacau de Araújo e confessou o crime. Ele já se encontra preso no Ceresp de Ipatinga. Já o suposto mandante do crime, o marido de Mariza, Maurílio Bretas Lage, 56 anos, está detido no presídio de Fabriciano.

Antes mesmo do rapaz se entregar, a polícia já o havia identificado. Na última quarta-feira, foi feito um cerco em uma moradia onde ele se encontrava escondido, em Marliéria. No entanto, a ação da polícia não saiu como esperado e “Vianinha” conseguiu fugir. Mas depois acabou procurando o advogado e decidiu se apresentar.

Conforme as investigações da Polícia Civil, o crime teria sido encomendado pela quantia de R$ 5 mil e uma motocicleta. Para a polícia, não restam dúvidas de que o marido da vítima é o mandante do crime. A motivação ainda não foi esclarecida.

A polícia acredita que mais uma pessoa esteja envolvida no crime e evita falar sobre detalhes do caso para preservar o andamento das investigações.

CONFISSÃO

Em depoimento, o jovem afirmou que o marido da vítima é o mandante do crime e que o assassinato foi arquitetado há cerca de dois meses. De acordo com pessoas que presenciaram a chegada de Vianinha na delegacia, o suspeito estava tranquilo e não demonstrou arrependimento.
Vianinha disse para uma fonte ligada ao DIÁRIO POPULAR que não sabe porque o marido mandou matar a esposa. “Isso é treta dos dois. Sei de nada não. Só queria receber minha parte, tá ligado”, disse, friamente.

De acordo com o delegado que assumiu o caso, Amaury Tomaz, uma terceira pessoa envolvida na trama já foi identificada. “Ele (Vianinha) se entregou porque viu que o cerco estava fechando. A arma do crime ele disse que jogou em um rio e nós estamos em diligência e esperando o laudo do IML ficar pronto para saber se foi apenas uma arma usada no crime”, esclareceu o delegado.

O CRIME

A cabeleireira Mariza foi morta com vários tiros na noite do dia 22, próximo à ponte Mauá, em Coronel Fabriciano. O marido da vítima, e suspeito de ser o mandante, disse à polícia que ele e a esposa estavam de carro indo para um motel quando teriam sido abordados por dois homens em uma moto.

Ainda de acordo com marido da vítima, o garupa da moto desceu e pediu que ele saísse do carro e se ajoelhasse. Maurílio disse que, durante a abordagem, Mariza teria saído correndo do carro, quando acabou sendo baleada várias vezes pelo suposto assaltante.

No bolso da calça de Mariza foram encontrados aproximadamente mil reais, cheques e nos dedos dela havia alianças e anéis. Nada foi levado do local do crime.

CONTRADIÇÕES
Maurílio foi detido no mesmo dia do crime e apresentou uma série de versões contraditórias. A primeira delas é que disse ter ligado para o 190 da Polícia Militar e que havia sido orientado a não socorrer a vítima. No entanto, foi constatado que não houve nenhuma chamada neste sentido. No celular de Maurílio também não tinha registro de ligação para o serviço de emergência da PM.

Em uma segunda versão, o marido alegou que não se lembrava de ter ligado para PM e não soube dizer porque não socorreu a esposa. Outra afirmação intrigante é sobre a posição em que Maurílio estava quando foi abordado. Primeiro, o homem disse que ficou de joelhos atrás da porta do carro. Depois mudou a história alegando que na verdade estava a uns três metros de distância do veículo. Por fim, disse que não ficou ajoelhado.

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