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Subir em cadáveres para arrancar recursos é inaceitável, diz Guedes

(DA REDAÇÃO) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou mais uma vez o grau de insensibilidade dos integrantes do governo em relação ao número de mortos pela pandemia do novo coronavírus no Brasil ao afirmar nesta sexta-feira que é inaceitável que a crise por conta da pandemia seja utilizada para palanque político ou para tirar recursos do governo, renovando o apelo para que seja vetado trecho de projeto que tira algumas categorias do funcionalismo de regra de congelamento salarial.

“Passamos um ano e meio tentando reconstruir. Quando estamos começando a decolar, somos atingidos por uma pandemia. E vamos nos aproveitar de um momento como esse, da maior gravidade, de uma crise de saúde, e vamos subir em cadáveres para fazer palanque?”, afirmou ele.

“Vamos subir em cadáveres para arrancar recursos do governo? Isso é inaceitável, a população não vai aceitar. A população vai punir quem usar cadáveres como palanque”, completou.

Guedes afirmou ser inaceitável que haja tentativa de saque de um gigante que está no chão, em referência à situação do país.

Ele parafraseou o ex-presidente norte-americano John Kennedy que em 20 de janeiro de 1961 na cerimônia de sua posse disse “não pergunte o que o seu país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer pelo seu país”. “Nós queremos saber o que podemos fazer, de sacrifício, para o Brasil nessa hora. E não o que o Brasil pode fazer por nós”, disse Guedes.

“E as medalhas são dadas após a guerra, não antes da guerra. Nossos heróis não são mercenários. Que história é essa de pedir aumento de salário porque um policial vai à rua exercer sua função? Ou porque um médico vai à rua exercer sua função? Se ele trabalhar mais, por causa do coronavírus, ótimo, ele recebe hora-extra”, completou.

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