Feliciana Saldanha, coordenadora da Subsede do Sind-UTE: diálogo e sensibilização (Crédito: Mariana Goulart)
IPATINGA – A Subsede do Sind-UTE em Ipatinga inicia hoje uma campanha para evitar que o projeto de lei sobre a gestão democrática do sistema público de Ipatinga seja vetado pela administração municipal. A lei foi aprovada pela Câmara Municipal de Ipatinga e enviada ao executivo ainda no mês passado e regulamenta a eleição direta para equipes diretivas das escolas municipais, normatiza o processo eleitoral, a participação da comunidade escolar, prevê o respeito à pluralidade e democratização das relações pedagógicas. O prefeito Robon Gomes (PPS) ainda não sancionou o projeto e rumores dão conta de que a intenção do governo é vetá-lo.
Com base na demora para transformar o projeto em lei e nas declarações do setor educacional da PMI, representantes do Sindicato Únicos dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) se reuniram com o secretário Municipal de Educação Maurício Mayrink, para tratar do impasse. Ele prometeu à categoria profissional que hoje (13) se pronunciaria a respeito do assunto.
De acordo com a coordenadora geral do Sind-UTE de Ipatinga, Feliciana Saldanha, o veto ao projeto significaria uma perda para os trabalhadores em educação na cidade. “A gestão democrática envolve todos os setores da educação e todo o sistema de ensino. E depois dos rumores de que havia possibilidade de veto, buscamos dialogar e sensibilizar o governo para que o projeto seja mantido na íntegra. Ele ouviu nossos argumentos e ficou de analisar o que é possível fazer”, reportou Feliciana.
ELEIÇÃO
A aprovação do projeto resultará em uma regulamentação do processo eleitoral que ocorre a cada três anos para escolha da equipe diretiva das escolas municipais de Ipatinga. O Sindicato teme que o veto possa prejudicar o processo democrático.
Para Feliciana Saldanha a eleição das equipes de direção das escolas está fragilizada na cidade. “Aqui em Ipatinga nós já temos esse processo de eleição e escolha desde a década de 90. Mas nos últimos anos, especialmente desde 2005 para cá, estamos sentindo uma fragilidade nesse projeto devido à falta de regulamentação. E por isso nós tomamos a iniciativa de buscar sua regulamentação junto à Câmara”, explicou a coordenadora geral do Sind-UTE.
IMPORTÂNCIA
O Sindicato acredita que a maior importância da realização de um processo regulamentado é o envolvimento de toda a comunidade. “O projeto é muito importante para todos os trabalhadores em educação de Ipatinga. E toda a eleição passaria pela consulta à comunidade que elegeria a equipe após conhecer os candidatos e seus projetos. Assim contaria com participação de toda a comunidade escolar, dos pais de alunos e daria maior autonomia às unidades escolares”, considerou Feliciana.
Ainda de acordo com ela, o projeto de lei servirá para normatizar as eleições escolares. “É importante que essa eleição tenha normas para que os princípios da gestão democrática sejam praticados. Como a participação da comunidade escolar, respeito à pluralidade e democratização das relações pedagógicas”, informou.
CAMPANHA
Caso o executivo decida por vetar o projeto, o Sindicato irá realizar encontros na tentativa de unir forças para impedir que tal ação seja tomada. “Nós estamos organizando uma campanha contra o veto. E essa campanha terá o objetivo de esclarecer a comunidade do que trata esse projeto de lei. Para que assim eles o conheçam e venham junto conosco defendê-lo”, explicou Feliciana Saldanha.
